Ninhos de ave rara são descobertos na Lagoa da Tijuca, na Barra da Tijuca

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Foto: João Coelho/Manglares Consultoria Ambiental

Dois ninhos da ave aquática Biguatinga (Anhinga anhinga) foram descobertos nesta terça-feira (1º) no Complexo Lagunar da Barra da Tijuca e Jacarepaguá, marcando a primeira vez que a espécie foi registrada fazendo ninhos no estado do Rio de Janeiro. A observação foi feita pelo biólogo Mario Moscatelli, que vem monitorando a presença da ave desde setembro na Lagoa da Tijuca, localizada na Zona Oeste da cidade. As informações são do G1.

A aparição da Biguatinga coincide com os esforços de recuperação ambiental promovidos pela concessionária Iguá Rio, responsável pelo saneamento de 19 bairros da região. Entre as principais ações realizadas estão a dragagem da lagoa, iniciada em abril deste ano, e o plantio de mudas de espécies nativas, que visa restaurar as margens do complexo. “Esse tipo de aparição não significa apenas o retorno de uma espécie ameaçada, mas é um prenúncio do que as condições ambientais em processo de recuperação irão produzir em termos de incremento da biodiversidade”, destacou Moscatelli.

A dragagem em curso busca melhorar a qualidade da água e a troca hídrica entre as lagoas e o mar, removendo o equivalente a quase mil piscinas olímpicas de sedimentos. Além disso, desde 2022, a Iguá Rio está trabalhando na recuperação das margens, com o plantio de mudas, já tendo alcançado 60 mil plantios, de um total de 240 mil previstos.

Lucas Arrosti, diretor de Operações da Iguá Rio, destacou a importância das ações para a volta da fauna local. “Estamos há cinco meses apenas com atividades de dragagem. Ainda há bastante trabalho pela frente, mas sabemos que são ações como essas que contribuem para o retorno da fauna”.

As iniciativas de recuperação ambiental visam transformar o Complexo Lagunar em um ambiente propício para o aumento da biodiversidade, especialmente para espécies que necessitam de alta qualidade ambiental para sobreviver e se reproduzir. “É, sem dúvida, um momento histórico após décadas de degradação na região, que levou à perda significativa de sua outrora exuberante fauna”, afirmou Moscatelli.

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