Diretor Laíla, ícone do carnaval carioca, será nome de praça pública no bairro do Maracanã

Localidade, atualmente sem nome, será eternizada como homenagem a Luiz Fernando Ribeiro do Carmo, carioca que dedicou sua vida ao samba e ao Carnaval

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Carnavalesco e diretor Laíla. Reprodução: Divulgação/ UOL.

Na última quarta-feira (16/10), os vereadores da Câmara Municipal do Rio de Janeiro aprovaram uma homenagem ao diretor de carnaval Luiz Fernando Ribeiro Carmo, conhecido como o eterno Laíla, que atuou em diversas escolas de samba cariocas, mas se consagrou como uma grande personalidade da Beija-Flor de Nilópolis.

Com passagens pelas maiores escolas tradicionais, como Salgueiro, Vila Isabel, União da Ilha e Unidos da Tijuca, o carnavalesco, um dos grandes símbolos do carnaval carioca nos últimos 50 anos, será eternizado como nome de uma praça pública, localizada entre a Avenida Prof. Manoel de Abreu e a Rua Dona Zulmira, em frente ao Baródromo, no bairro do Maracanã, na zona Norte da cidade.

“Um personagem tão fundamental para o espetáculo da Sapucaí e para a vida dos grêmios carnavalescos merece uma justa homenagem, diante do serviço prestado ao Rio de Janeiro, ao samba e ao Carnaval ao longo de sua trajetória”, ressalta a vereadora Luciana Boiteux (PSOL), autora do projeto aprovado.

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Diretor de carnaval Laíla será nome de praça pública na região do Maracanã. Foto: Google maps

Laíla faleceu de Covid em junho de 2021, aos 78 anos. Em 2023, dois anos após sua morte, o calçadão de Nilópolis foi batizado com o nome do diretor.

Nascido em 27 de maio de 1943 no Morro do Salgueiro, na zona Norte carioca, Laíla era fortemente identificado com a Beija-Flor de Nilópolis, escola pela qual conquistou oito vezes o título de campeão dos desfiles do Grupo Especial na Marquês de Sapucaí, ficando atrás apenas de Joãosinho Trinta, que alcançou nove conquistas. Sua última participação no Carnaval ocorreu em 2020, pela União da Ilha do Governador, quando a escola foi rebaixada para a Série A.

Na agremiação de Nilópolis, o carnavalesco permaneceu quase três décadas, em três passagens distintas. Após sua morte, a escola afirmou que ele era conhecido por sua genialidade e personalidade marcante.

“O Laíla estudou, se não me engano, até a segunda ou quarta série do ensino fundamental. Era um homem preto, pobre, favelado. A família queria que ele fosse gari. Via no concurso para gari uma grande oportunidade na vida dele. Para ele se impor, talvez, essa personalidade forte venha dessa resistência que traz desde o início”, comenta a pesquisadora Bianca Behrends, em entrevista ao portal Carnavalesco.

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