Grandioso, imponente e valioso, o vasto terreno de 300 mil metros quadrados que abrigava a Terra Encantada, na Barra da Tijuca, permanece subutilizado e “esquecido” há 11 anos. Localizado em uma das regiões mais movimentadas da Zona Oeste do Rio, o parque fechou suas portas em 2010, após uma série de acidentes que foram responsáveis pela interrupção de suas operações.
O último acidente, ocorrido em 2010, foi o estopim para o fim das atividades do parque, que foi inaugurado em 1998 com um investimento de US$ 200 milhões. Três anos depois, em 2013, o terreno foi adquirido por cerca de R$ 1,5 bilhão pelas empresas de alto padrão Queiroz Galvão e Cyrela. No entanto, desde então, pouco foi feito para aproveitar o espaço.
Em 2015, os brinquedos do parque começaram a ser desmontados, e em 2016, o local foi completamente demolido. Recentemente, segundo o portal Nossa, do Uol, uma das proprietárias do terreno — a Queiroz Galvão — afirmou que “não tem mais qualquer participação ou propriedade no referido terreno”. Por outro lado, a Cyrela, incorporadora e construtora de imóveis, informou que está desenvolvendo novos projetos para a área — sem dar mais detalhes.
Na época da compra, a construtora esperava entregar a partir de 2015 a primeira fase de um possível empreendimento. O projeto, na época, teria um valor geral de vendas (VGV) estimado em 1,5 bilhão de reais. Já em 2016, outra tentativa entrava em jogo, quando a Secretaria municipal de Meio Ambiente (SMAC) chegou a receber um pedido da construtora para construir um “grupamento residencial multifamiliar” em um dos lotes que compunham o antigo parque (o terreno foi desmembrado). A empreitada também não saiu do papel.
O espaço, que é vizinho do Shopping Via Parque e está situado na porta de entrada da Barra da Tijuca, chegou a ser cogitado pelo Flamengo para a construção de um novo estádio, especialmente após complicações com o terreno do Gasômetro, na Região Portuária. Desde 2017, o clube vinha sondando a área como uma possível solução para suas necessidades de infraestrutura.
Vale ressaltar que a Cyrela está propaganda enganosamente que lá será um empreendimento do Vivaz. O stand é lá, mas o prédio mesmo será construído em outro terreno.