Mendiga ataca pedestres em Copacabana

Fora de controle, população de rua do bairro ataca de forma inclemente pessoas de todas as idades a qualquer hora do dia ou da noite

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Mendiga parte para cima de duas mulheres e joga uma delas no chão - Reprodução

Copacabana, o bairro da Zona Sul carioca que nunca dorme, está cada vez mais perigoso, apesar de todos os esforços para que a “Princesinha do Mar” volte aos templos gloriosos de outrora, com a inauguração da casa de espetáculos Roxy Dinner Show sendo a maior ação nesse sentido. Esta semana, aconteceu mais um episódio degradante envolvendo moradores de rua, em um dos pontos mais nobres do bairro.

No vídeo registrado por câmeras locias, uma mendiga, que parece estar sob efeito de drogas, mexe nas mãos, enquanto duas mulheres andam pela calçada tranquilamente. A mulher, visivelmente, desorientada parte para cima da dupla, agarrando uma delas, que recebe um soco e cai na calçada. A amiga, assustada, presta-lhe socorro, erguendo-a do chão. Após agredir impiedosamente a mulher, a moradora de rua atravessa a rua como se nada tivesse acontecido.

O ataque criminoso aconteceu na Rua Barão de Ipanema, quase esquina com a Avenida Atlântica. Apesar de um ser um dos pontos nobres do bairro, perto de restaurantes e hotéis de qualificação internacional, quem passa, mora ou trabalha no local tem penado com as ações incontroláveis de moradores de rua e usuários de drogas.

Infelizmente, as cenas de ataques contra mulheres, senhoras e adolescentes são frequentes. Mas o descontrole local é diuturno e envolve xingamentos, atos obscenos, consumo de entorpecentes e furtos. Segundo Adriano Nascimento, gerente predial do Edifício Lellis, localizado muito próximo onde se deu o crime de agressão, a mendicância vem tomando conta da região:

“Todos os dias são cometidos crimes e ataques de mendigos aos pedestres, especialmente junto à esquina da Rua Domingos Ferreira com a Barão de Ipanema, onde uma verdadeira colônia de moradores de rua passou a existir. O grupo, além de atacar os passantes, faz gestos obscenos, abaixa as calças mostrando os órgãos genitais às crianças, entre outras ações que têm deixado moradores e trabalhadores do bairro reféns da violência”, contou Nascimento ao DIÁRIO DO RIO.

Há tempos o veículo denuncia a desordem pública do bairro, que além de turístico é considerado uma referência em pluralidade e convivência entre as diferenças, sejam elas quais forem.  Em 24 de agosto deste ano, o jornal falou sobre a colônia de mendigos apontada acima. Muito mais do que ajuntamento de desocupados, o grupo faz as suas necessidades fisiológicas a céu aberto, atrapalha a passagem nas calçadas, inclusive na via de rolamento, além de pedir dinheiro e ameaçar os pedestres.

Na ocasião, uma moradora da Barão de Ipanema, que entrou em contato com a redação do DIÁRIO, contou que, além do risco de assaltos e do constrangimento de ver atos contrário à civilidade, quem passa pelo local tem que se deparar com um insuportável cheiro de fezes e de urina, que impregnou os arredores. Além de dormitório, o trecho virou um banheiro público a céu aberto, com dejetos humanos se misturando aos de animais.

No dia 27 de junho, o DDR noticiou uma agressão contra uma senhora ocorrida no dia anterior. Na ocasião, uma idosa que caminhava despreocupadamente por uma calçada foi covardemente agredida por um mendigo que passou ao seu lado. No vídeo publicado pelo perfil Alerta.Rio é possível ver quando o bandido dá um cruzado de direita no rosto da mulher, que cai desacordada no chão. O criminoso, que fugiu, foi preso depois e encaminhado para a 12ª DP (Copacabana). A vítima do covarde e brutal ataque foi levada para a UPA do bairro, na Rua Siqueira Campos, onde foi atendida e liberada após avaliação clínica, segundo informações do Alerta.Rio.

Na mesma matéria repercutimos outro caso ocorrido no mês de maio, quando câmeras de segurança da Rua Gustavo Sampaio, no Leme, flagraram um mendigo da região agredindo outra idosa. Nas imagens, é possível ver quando o agressor se aproxima da mulher segurando um pacote de balas. Depois de dizer ou pedir alguma coisa, que parece lhe ser negada, ele empurra a mulher pelo braço. Ela cai entre cadeiras e galões de um estabelecimento. A vítima foi socorrida, sofrendo apenas ferimentos leves. O criminoso foi preso por policiais militares do 19º BPM (Copacabana), na Praça do Lido.

No dia 20 de novembro do ano passado, um mendigo foi preso após estuprar uma jovem de 19 anos, na calçada em frente ao 17° Grupamento de Bombeiros Militar, que fica na Rua Xavier da Silveira. Na ocasião, câmeras do sistema Gabriel de monitoramento flagraram o criminoso conduzindo a vítima para trás de uma caçamba com cavaletes de obra pública, onde a estuprou, na calçada. Exames periciais foram realizados e comprovaram a violência.

Em abril de 2023, outro caso também chocou os moradores de Copacabana, por envolver uma garota de 12 anos que, na manhã do dia 7, foi atacada por um mendigo a caminho da escola, em plena Rua Tonelero.  O criminoso, Juliano de Jesus Batista, de 36 anos, que tinha passagem pela polícia, agarrou a adolescente pelo braço para realizar o ataque. Apesar de se esquivar, a garota teve o seu pescoço beijado pelo criminoso, que disse após ser preso que sentia vontade de “chupar as partes íntimas” das adolescentes que transitavam na rua. O bandido também disse à Polícia que tinha vontade de esfaquear idosas e que andava nas ruas “procurando problemas”.  

No dia 20 de maio de 2020, o DIÁRIO DO RIO já alertava sobre a degradação do bairro, tomado por grupos de moradores de rua que impunham medo aos moradores do tradicional do bairro, além de instaurarem todo tipo de desordem. Em diversos pontos de Copacabana, o jornal denunciava haver sofás, camas, colchões, e até mesas, em um acúmulo de lixo, piorado por fezes de animais e humanas, distribuídos por várias esquinas e ruas do bairro turístico. Sem contar a violência e o consumo de tóxico a céu aberto.

Copacabana, como o bairro mais conhecido do planeta, deveria, no mínimo, ter um pouco de ordenamento urbano, além de policiamento nos pontos mais críticos, segundo denúncias de moradores. Parece que o poder público não se importa ou considera os problemas de Copacabana ocorrências menores. Agora, com a abertura do Roxy Dinner Show, o que será da segurança dos turistas nacionais e internacionais que visitarão a casa. Os mais de R$ 60 milhões investidos no Roxy totalmente reconfigurado estarão sob risco, caso a desordem e a insegurança pública continuem a comandar as ruas do bairro.

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12 COMENTÁRIOS

  1. Na zona Norte, respectivamente em marechal Hermes, esta lotado de moradores de rua, sabemos que tem bandidos no meio deles, cracudos, fazem maior imundície, é perigoso para quem tem que transitar tarde pelas ruas , saindo do trabalho, retornando para suas casas, é difícil!

  2. Isso não acontece só em Copacabana, mas em toda cidade, seja Zona Sul, Centro, Zona Norte ou Oeste. Moradores de rua, comércio ambulante e outros absurdos estão deixando a cidade cada vez mais desorganizada, suja, maltratada e violenta. O problema é que se tentar tirá-los, vem logo aquela turma que gosta de confusão dar apoio a eles e a violência se generaliza. Comprar de camelô pode até ajudar a eles, mas prejudica o comércio formal que paga imposto e assina carteira, além de fomentar o roubo de cargas, outro problema que tanto prejudica o Rio de Janeiro. Os moradores da cidade não aguentam mais tanto descaso por parte das três esferas de governo, municipal estadual e federal. O Rio de Janeiro pede socorro.

    Quando as pessoas começarem a reagir a essas agressões, vão tomar providências, mas contra os que reagem e não aos verdadeiros agressores.

  3. Essa mulher é muito conhecida na região. Vive sob efeito de drogas, entra em comércios tentando pequenos furtos e não faz muito tempo que ela vandalizou carros perto da Praça São Salvador.

  4. Os mais de R$ 60 milhões investidos no Roxy totalmente desfigurado estarão sob risco de ninguém colocar os pés dentro de um deles.

    O Prefeito reeleito Eduardo Paes, em todos os mandatos só vive beneficiando as construções civis, a Globo, empresariado de turismo, a rede de hotelaria e os restaurantes jogando a desordem urbana para debaixo do tapete. Se alguém pensa que o turismo na Capital é feita de livre vontade pelos turistas com dólar, os eleitores dele deve rever o seu conceito. Muito trabalhado através da nossa mídia juntamente com as dezenas de patrocínio, principalmente de bebidas e celulares e os diversos transatlânticos que estacionam com uma leva de 3.000 a 4.000 usuários cada um.

    Realmente, o que está acontecendo em Copacabana é um caso que não é só a falta de policiamento, mas da Guarda Municipal que ninguém vê o cheiro deles e pelo abandono dos órgãos componentes municipal que não estão nem aí para o lixo que virou às nossas praias, os calçamentos destruídos, excesso de ambulantes com e sem autorização, árvores com risco de cair em nossas cabeças.

  5. Aonde estão os pit boys pra botar ordem na casa, digo, nas ruas.
    É combinar o local que vão agir e dar uma surra nos cracudos e cracudas sem distinção e de forma igualitária. Uns ossos quebrados vão servir como alerta de que o.crime não compensa.

  6. Os governantes não dão atenção nem para quem saúde. Como vc disse bem os drogados são vítimas mas o engraçado é que vc esqueceu de lembrar da pessoa que apanhou. Em nenhum lugar que tem turista no mundo, Paris, Roma, Madrid…as autoridades deixar estas vítimas da sociedade ficarem mas ruas. Pq o turista some e sem dinheiro não dá para cuidar da velhinha que caiu.

  7. Moradores de rua existem em TODAS as capitais brasileiras. Muitos são dependentes químicos e portadores de distúrbios mentais. Copacabana é um reflexo concreto da desigualdade social, de um lado, turistas, consumo, hotéis, restaurantes, de outro a miséria, a mendicância, a falta de moradia e portunidades. Não é uma questão puramente policial. Não adianta varrer a sujeira pra debaixo do tapete retirando-os do bairro porque voltarão e se multiplicarão. Os casos de violência são e a classe média residente de Copacabana, que trata tão bem os seus pets (a população canina de Copacabana é espantosamente enorme), confere a seres humanos asco, rejeição e indiferença.

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