A Igreja de Nossa Senhora da Lapa dos Mercadores, localizada na Rua do Ouvidor, 35, no Centro do Rio, terá uma Missa em Honra à Nossa Senhora das Graças, no dia 27 de novembro, quarta-feira, às 10h. A celebração será oficiada pelo Padre Victor Hugo Nascimento, que, este ano, comemorou o seu jubileu de 10 anos de sacerdócio. A Missa Solene terá coral e música sacra de qualidade e deve reunir uma multidão de devotos para receber a medalha milagrosa e assistir à queima dos pedidos feitos pelos fiéis.

A Igrejinha da Lapa foi a primeira no Brasil a ter uma capela dedicada à Nossa Senhora das Graças, cuja devoção teve início, em 1830, com as suas três aparições à Santa Catarina Labouré, freira do convento das Filhas da Caridade de São Vicente de Paulo, em Paris, na França. A célebre capela dos comerciantes da rua do Ouvidor conta com uma imagem em tamanho real de Labouré, a primeira do continente.

A primeira aparição ocorreu na noite do dia 18 para o dia 19 de julho de 1830, quando a Virgem Maria revelou à religiosa as grandes calamidades e perseguições que aconteceriam na França.

A Virgem Santíssima apareceu pela segunda vez, no dia 27 de novembro do mesmo ano, totalmente vestida de seda branca e envergando um véu branco, que descia até a barra do seu vestido. Na aparição, os pés da Santa, que estavam apoiados sobre a metade de um globo, esmagavam uma serpente. Em suas mãos, erguidas à altura do peito, a Virgem segurava um globo de ouro com uma cruz em cima. Com olhos voltados para o céu, a Mãe de Cristo mostrou à freira vicentina os dedos, com anéis incrustados de belíssimas pedras preciosas, de onde saiam “raios para todos os lados, cada qual mais belo que o outro”. Em seguida, formou-se em torno de Nossa Senhora um quadro oval no alto, no qual estavam escritas em letras de ouro: “Ó Maria concebida sem pecado, rogai por nós que recorremos a vós”.

A terceira aparição da Virgem Santíssima à Santa Catarina transcorreu em dezembro de 1830, junto ao tabernáculo, onde a Virgem confirmou à Catarina a missão de cunhar a medalha, em conformidade com as visões concedidas. Das mãos da Virgem saiam os mesmos raios luminosos da aparição anterior.

A devoção à Nossa Senhora das Graças e à Medalha Milagrosa espalhou-se rapidamente, bem como os milagres e prodígios, como prometeu Nossa Senhora aos que usassem devotamente a sua medalha: “Todos os que a usarem, trazendo-a ao pescoço, receberão grandes graças”. Após aprovação eclesiástica, as divinas medalhas foram confeccionadas e, inicialmente, distribuídas na França, e mais tarde pelo mundo todo.

Graças à propagação da devoção realizada pelos Padres Lazaristas, pelas Filhas da Caridade e por toda a Família Vicentina, a devoção à Nossa Senhora das Graças e à Medalha Milagrosa está presente no mundo tudo.

O Dogma

Desde o ano das suas aparições, a invocação “Ó Maria, concebida sem pecado, rogai por nós que recorremos a vós” é rezada por cristãos no mundo todo. Em 8 de dezembro de 1854, Pio IX proclamou a invocação como dogma da Imaculada Conceição.

Em 1894, Papa Leão XIII concedeu a todas as Dioceses francesas a festa na Manifestação da Virgem Imaculada, nomeada “Medalha Milagrosa”, a ser celebrada no dia 27 de novembro. Em julho de 1897, Papa Leão XIII, por coroou solenemente a imagem da Medalha Milagrosa.

Missa na Lapa dos Mercadores

Além da Santa Missa, com coral e música conduzidos pelo Maestro Marcos Paulo, a celebração contará com um momento muito importante ao final da Missa, quando os devotos se dirigirão ao Átrio do Fé – grande espaço nos fundos da Igreja onde está a famosa bala de canhão e a imagem por ela derrubada, na guerra de 1893 – e reunidos em oração junto com o Padre Victor Hugo, vão queimar todos os pedidos depositados durante o mês na urna , localizada na nave da igreja, abaixo do púlpito. O belo momento de devoção é uma tradição que remonta a mais de 100 anos na Irmandade da Lapa dos Mercadores, que é proprietária do templo.

Imagem e canonização de Catarina Labouré

A imagem de Santa Catarina de Labouré, que se encontra na capela da Igreja da Lapa dos Mercadores, além de ter sido a primeira do Brasil, foi ainda a primeira da América Latina.  Ela é uma reprodução perfeita das imagens católicas europeias. A escultura foi confeccionada pelo artista Álvaro Gomes Pinto, autor de vários trabalhos de arte religiosa. Em devoção à Santa Catarina, o escultor recusou qualquer tipo de remuneração ou condecoração na época.

A Filha da Caridade, Catarina Labouré foi canonizada pelo Papa Pio XII, em julho de 1947, na Basílica de São Pedro, em Roma, Itália.

Serviço:
Santa Missa em Honra à Nossa Senhora das Graças
Missa Solene com Coral e Orquestra
Quarta-feira, 27 de Novembro, 10:00
Celebrante: Padre Victor Hugo do Nascimento
Rua do Ouvidor, 35

Estacionamento:
No sábado, o estacionamento ESTAPAR da Praca XV (Edifício da Bolsa) está aberto, além do Terminal Menezes Cortes; são 2 minutos de caminhada

Estacionamento:
Terminal Menezes Côrtes, 5 minutos de caminhada