O crescimento meteórico de Botafogo e Atlético-MG nos últimos anos culminou na classificação para a grande final da Libertadores 2024, que será disputada neste sábado (30). O caminho até o topo não foi obra do acaso: um levantamento do Bolavip Brasil, com base em dados do site Capology, revela que ambos os clubes aumentaram seus investimentos em salários de jogadores de forma acelerada, superando em muito a média dos clubes da Série A do Campeonato Brasileiro.
Botafogo: o maior crescimento no Brasil
Após a transformação em sociedade anônima e a aquisição de seus ativos pelo investidor norte-americano John Textor, o Botafogo experimentou um crescimento de 234% na folha salarial entre 2020 e 2024. Em números absolutos, isso representou um aumento de R$138 milhões. Embora ainda não alcance o patamar do Flamengo em termos de folha total, o clube se destacou como aquele com a maior taxa de crescimento.
“O investimento foi essencial para reposicionar o Botafogo no cenário nacional e internacional, saindo de uma das menores folhas da Série A em 2020 para a disputa da final da principal competição continental,” apontam especialistas.
Atlético-MG: crescimento sustentado no topo
O Atlético-MG também apresentou um salto expressivo, adicionando R$102 milhões à sua folha salarial no mesmo período. Com isso, tornou-se o terceiro clube brasileiro que mais gasta com salários, ficando atrás apenas de Flamengo e Palmeiras. Diferentemente do Botafogo, o Galo já figurava entre os clubes com alto investimento em 2020, mas manteve um crescimento constante, resultando em um elenco competitivo e bem estruturado.
Comparativo dos clubes brasileiros
Abaixo, o ranking dos clubes brasileiros que mais aumentaram seus gastos com salários entre 2020 e 2024:
- Botafogo: + R$138 milhões
- Flamengo: + R$124 milhões
- Atlético-MG: + R$102 milhões
- Fluminense: + R$85 milhões
- Corinthians: + R$85 milhões
- Internacional: + R$71 milhões
- Bahia: + R$62 milhões
- Grêmio: + R$59 milhões
- Palmeiras: + R$55 milhões
- Vasco: + R$53 milhões
Enquanto o aumento médio dos clubes da Série A foi de R$57 milhões, Botafogo e Atlético-MG se destacaram ao praticamente dobrar esse número, estabelecendo-se como potências no cenário sul-americano.