Morro do Pinto se transforma em galeria a céu aberto com o festival Rua Walls

Artistas do Brasil e do mundo levam cores e cultura para a comunidade no Centro do Rio.

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Foto: Gabriel Monteiro

O Morro do Pinto, no Santo Cristo, se torna palco do festival Rua Walls a partir deste sábado (21). Conhecido por colorir os muros da zona portuária, o projeto leva arte urbana e grafite para a comunidade, criando uma galeria a céu aberto com murais de artistas nacionais e internacionais.

Ao todo, 20 artistas participam do festival, sendo oito de países como Argentina, México, Estados Unidos, Espanha, Itália e Nigéria. “O Morro do Pinto foi escolhido por sua rica conexão com a cultura carioca e seu papel histórico na zona portuária, uma área em transformação. Com suas histórias únicas e uma comunidade ativa, o bairro representa perfeitamente os valores do Rua Walls de revitalização e inclusão”, afirma o idealizador do festival, Caique Torrezão.

A localização estratégica do Morro do Pinto, entre a tradição e a modernidade da zona portuária, é um dos destaques do projeto. “Colocar o morro no mapa cultural do Rio de Janeiro”, destaca Torrezão, que promete mais 20 murais em locais como a Fábrica Bhering, o Bar do Omar e o Bar do Molejão. O Largo da Prainha e o hotel Intercity também receberão intervenções.

Criado em 2019, o Rua Walls tem como objetivo transformar a paisagem urbana por meio da arte. Nesta edição, o foco está em temas como sustentabilidade, revitalização urbana e protagonismo comunitário. “A edição de 2024 expande a proposta ao incluir iniciativas sustentáveis, como a revitalização do Parque Machado de Assis e o lançamento do programa Refloresta Favela, demonstrando o compromisso do festival com a transformação social e ambiental”, diz Torrezão.

O projeto prevê ainda a criação do Centro de Inovação e Reflexão, um galpão cultural que será um espaço de troca, discussão e vivência artística na comunidade. A inauguração está prevista para dezembro.

“Realizar o Rua Walls no Morro do Pinto tem um impacto significativo, incluindo empoderamento comunitário, pois a arte transforma o bairro em uma galeria a céu aberto, elevando a autoestima dos moradores e destacando o potencial cultural da região”, finaliza Torrezão.

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