A Livraria Cultura na Rua Senador Dantas, no centro do Rio de Janeiro, já chama a atenção por si só. Um espaço, de fato, encantador. A sua história não fica por baixo.
Inaugurada em 2012, a Livraria Cultura passou a ser um dos grandes pontos de encontro dos amantes de livros do Rio de Janeiro.
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Com mais de meio século de tradição no mercado imobiliário da Cidade do Rio de Janeiro, a Sérgio Castro Imóveis exalta locais que visam a valorização da cultura e história da Cidade Maravilhosa.
A forma como a Livraria dispõem as obras é muito marcante. A ideia de se perder em meio aos livros não é um exagero se considerarmos que os livros são posicionados em estantes que formam uma espécie de labirinto.
Antes da abertura da Livraria, o prédio teve outras funções. A mais famosa delas também está ligada às artes.
Durante os anos 1940, o Cine Vitória, que funcionava no prédio onde hoje fica a Livraria Cultura (o Edifício Rivoli) na Rua Senador Dantas, era um dos cinemas que faziam parte da “Cinelândia” carioca, que não se limitava à praça.
“O Vitória era um dos inúmeros cinemas da região no entorno da Cinelândia. Ao lado do Pathé, do Império, do Odeon, do Capitólio, do Metro Boavista, do Palácio, entre outros, atraía um público elegante nas matinês e soirées, especialmente nas décadas de 1940 e 50”, conta Leonardo Ladeira, na Coluna do Patrimônio Histórico, do site Rio e Cultura.
O cine Vitória foi inaugurado em 1942, com o filme “O Grande Ditador”, de Charles Chaplin. Em 1966, outro clássico da história do cinema passou no Vitória: “Doutor Jivago”.
O Vitória, que funcionava no andar térreo do Edifício Rivoli, um belo exemplar do estilo art déco, em seus últimos anos exibia filmes pornôs.
Os tempos de glamour tiveram um final nada feliz. Do fim dos anos 1980 até o início dos anos 1990, o Cine Vitória foi acabando aos poucos até fechar as portas definitivamente em 1993.
Após anos de abandono e ter sido ocupado por moradores de rua, o espaço, nos anos 2000, ganhou um novo capítulo passando por reformas até culminar na abertura da Livraria Cultura, em 2012.
A restauração e a inauguração da Livraria preservaram elementos originais do cinema, como o piso preto e branco, o balcão, as bilheterias, a fachada e os revestimentos de mármore e granito, além de um belo painel em bronze localizado no saguão. As histórias nunca saíram de lá.
Isso é a precarização da cultura brasileira, relegada a segundo, terceiro ou quarto plano. Uma lástima, uma perda sem lógica nenhuma…
Uma grande perca! Concordo plenamente co a Sra. Gisele, realmente é necessário apoio das empresas e as parcerias desse tipo seria realmente algo inovador e que daria muito certo. Acredito que é algo a pensar.
Que lástima! Um espaço cultural muito bem planejado, dinâmico, que ao se modernizar não abriu mão da preservação de suas características art deco, que estava sempre muito frequentado! O que terá ocasionado seu fechamento? O que será feito no local?
Que pena! Acho que as empresas têm que pensar em trabalhar em parceria e criar em um mesmo espaço várias experiências ao cliente. Talvez se junto com a livraria estivesse presente espaços para gastronomia, espetáculos ou atividades para públicos infantis, etc