Assim como os fogos de artifício, o som das trovoadas também deixa muitos pets assustados. Com maior sensibilidade auditiva, cães e gatos sofrem com medo, desconforto e estresse provocado pelo barulho, além do risco de se machucarem, ao buscar esconderijo ou tentar escapar. “As pessoas não devem tentar abraçá-los ou pegá-los no colo nesses momentos, para evitar que o animal associe a algo ruim”, explica a veterinária Karina Mussolino, gerente técnica de clínicas da Petz e do Centro Veterinário Seres.
Ela orienta a agir naturalmente, brincar com os pets, fazer festa, como se nada estivesse acontecendo. Também é importante evitar deixá-los presos com a coleira, permitir que se escondam e manter o ambiente vazio para que não se machuquem. “Procure não deixá-los ao ar livre, mas trazê-los para dentro de casa, onde o som é abafado”, explica a veterinária.
Pets com doenças cardíacas devem ter atenção dobrada. Alguns cães podem apresentar complicações cardiorrespiratórias e até ter convulsões nessas situações de medo. Por isso, as consultas no veterinário devem estar em dia para que o profissional possa acompanhar esse animal de forma preventiva.
10 dicas para driblar o barulho
- Cães e gatos costumam se esconder nesses momentos de medo, por isso é importante deixá-los livres, não prender na coleira (em alguns casos eles podem ficar rodando em círculos e até se enforcar) e manter em espaço livre para que não se machuquem (por exemplo: áreas pequenas, portões, lanças).
- Alguns bichinhos toleram bem o colo do dono, pois se sentem mais seguros, outros preferem buscar áreas que possam se esconder, como embaixo de móveis. Deixe o seu pet se ajeitar da melhor maneira para ele, não force situações desconfortáveis.
- Uma das formas de evitar transtorno é manter o pet quieto em um local fechado e silencioso, o que pode ajudá-lo a se sentir mais protegido (por exemplo: um quarto).
- Alguns pets toleram bem a colocação de algodões nos ouvidos para abafamento dos sons. Mas vale lembrar que o algodão deve colocado com cuidado e retirado imediatamente após o término dos ruídos.
- O ideal é agir de forma natural, brincar com o pet, entretê-lo com seu brinquedo favorito, fazer festa, como se nada estivesse acontecendo.
- No caso dos gatos, é comum que sumam da vista dos donos. Se a casa ou o apartamento forem seguros, com redes nas janelas e portões fechados, deixe o bichano por lá, evite ficar chamando para não estressá-lo mais.
- Também não é recomendado deixá-los sozinhos nesta época. Em caso de viagens, é aconselhável deixá-los com parentes, vizinhos ou em hotéis especializados.
- Evite a automedicação, sem orientação do veterinário, pois há risco à saúde dos bichinhos.
- Cães e gatos que já tenham histórico de doença cardíaca devem ter cuidados especiais nessas situações. É importante que o dono converse com o veterinário.
- Caso o animal apresente qualquer tipo de alteração ou acabe se machucando de alguma forma, ele deve ser levado imediatamente a um veterinário, para ser avaliado e ter certeza que nenhuma lesão mais grave aconteceu com ele.
Foto: Dog por Matt Phillips