Descoberto em janeiro de 2018, o Forte de São Paulo, sítio arqueológico que fica em Sepetiba, citado como desaparecido há séculos nos livros de história, encontra-se totalmente largado. O Diário do Rio mostrou no início deste ano que a situação era crítica e que o local havia virado um lixão. Contudo, agora está ainda pior.
O lixo tomou conta do local, o que impede novas pesquisas arqueológicas.
Segundo relatos históricos, o Forte de São Paulo de Sepetiba foi construído em 1818, em um morro pouco elevado, formando duas reentrantes, uma com a praia de Sepetiba e outra com as de Arapiranga e Piahi. A fortificação tinha 19 canhões, que cruzavam fogo com os fortes de São Leopoldo e São Pedro, localizados na mesma região.
No entanto, ao longo do século XIX, o Forte de São Paulo e as demais fortificações da área foram perdendo a importância defensiva. Além disso, ocorreram muitas explorações e aterros na região. Com isso, em 1885, o Forte estava em ruínas, até que desapareceu.
No sítio arqueológico, além dos sambaquis, dos resquícios do Forte, também foram encontradas louças antigas. Os sambaquis são formações constituídas, principalmente, de conchas de moluscos, formadas ao longo de milhares de anos pelas populações que habitavam regiões litorâneas.
Havia uma placa que destacava o local do sítio arqueológico, que foi removida. Com isso, as pessoas passaram a jogar lixo e a situação saiu do controle.
De acordo com informações obtidas pela reportagem, a proprietária do terreno não ficou muito satisfeita com a descoberta arqueológica, pois ela teme perder a propriedade. A reportagem tentou contato, mas não obteve resposta.
As autoridades responsáveis já foram notificadas só problema diversas vezes. Tentamos contato com os órgãos responsáveis, mas não tivemos retorno.
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