Este domingo (06/10) marcou o último dia de Rock in Rio 2019. Mas, para quem pensa que agora é descanso, está enganado. A executiva do maior festival de música do planeta, Roberta Medina, disse que já nesta segunda-feira (07/10) começa-se a pensar na edição de 2021 do evento.
Em entrevista ao portal ”G1”, Roberta revelou que o Espaço Favela, que estreou este ano, será mantido para o próximo Rock in Rio, porém com mudanças em seu formato.
“Com certeza o Espaço Favela veio para ficar. A gente não entrou no debate, ainda, se ele vem (em 2021) como palco, essa cara de palco, como é que a gente vai dar continuidade à proposta do Espaço Favela. Continuidade vamos dar, sem dúvida nenhuma. Agora, o formato a gente vai começar a trabalhar nele, a partir de amanhã (esta segunda-feira)”, disse a empresária.
Ainda falando sobre o Espaço Favela, Roberta Medina enfatizou o debate que envolveu a criação do palco, com questionamentos ao fato de terem idealizado uma favela ‘romântica’, apresentada de maneira artística.
“Acho que pontos muito fortes, além do que falamos da alegria do público e da operação, do evento funcionando perfeitamente, eu acho que o Espaço Favela, sem dúvida nenhuma, mostrou a que veio”, afirmou.
“E não só enquanto performance, mas enquanto conversa, o debate que foi feito, as pessoas questionando se fazia sentido falar e mostrar a favela de uma forma artística e um pouco romantizada pelo perfil do palco. E acho que está claro que faz todo o sentido, independente de tudo de ruim que possa… que acontece e que precisa ser melhorado, a gente pode, em paralelo, ir mostrando o que tem de bom. E isso é 99,8%, é bom”, concluiu.
Quem também ganhou elogios da empresária foi o New Dance Order, palco de música eletrônica que satisfez os fãs do gênero no festival.
”Outro ponto alto, certamente o New Dance Order, que veio conquistar a plateia. Ficou cheio, sempre a partir das 18h. Muitos adolescentes dançando com os pais”, disse.
Em relação às atrações, Roberta Medina citou algumas bandas e elogiou bastante a participação de artistas brasileiros, em especial as mulheres, como Ivete Sangalo, Anitta e Iza. Esta última, de acordo com a executiva, ‘arrebatou’ a plateia.
“Então, em relação a concertos, grandes momentos: Foo Fighters, Iron Maiden, P!nk, sem dúvida nenhuma é um dos nomes fortes. Acho que o Panic! At The Disco é, para mim, uma surpresa incrível. Eles são geniais. A música boa, e a performance muito bacana”.
Finalizando, de acordo com Medina, apesar do Brasil estar vivendo um ‘momento conturbado’ (palavras dela), o balanço desta edição é positivo. Para a empresária, a presença de 100 mil pessoas diariamente num único espaço (no total, quase 700 mil ao longo dos 7 dias de evento), representa que o público é ‘nota 10’.
“A avaliação do festival é super positiva. Nenhum incidente, nada que tenha dado muito errado. Acho que a operação foi super bem. As pessoas estão felizes. Acho que a principal marca desse festival é a alegria do público e o show que a plateia deu, num momento tão conturbado de Brasil. A gente conseguir reunir cem mil pessoas, por dia, em paz, em harmonia, na maior, as pessoas dançando. Realmente, a nota 10 é para o público”, comentou a empresária.