Uma importante notícia referente ao carnaval carioca de 2020 foi divulgada nesta segunda-feira (18/11). A Prefeitura do Rio comunicou que não irá mais ceder o Sambódromo ao Governo do Estado.
O prefeito Marcelo Crivella argumentou que conseguiu, junto ao Ministério do Turismo, as verbas necessárias para as obras no complexo.
”Conseguimos R$ 8 milhões para fazer as obras exigidas pelos bombeiros. Para que a cessão fosse feita, era preciso uma lei municipal, mas os vereadores não concordaram. Então, procuramos o Ministério do Turismo, que vai nos ajudar. As obras já estavam licitadas e começam nesta segunda. O Sambódromo continua no município”, detalhou Crivella.
Ao comentar sobre a possibilidade de uma desapropriação do local por parte do Estado, o prefeito deu uma leve ironizada no governador Wilson Witzel.
”Talvez o governador queira desapropriar para o carnaval seguinte. No entanto, é bom lembrar que, para fazer isso, ele precisa de autorização do Governo Federal. Mas isso o governador pode resolver com um telefonema para o presidente de República”, disse Crivella, sabendo que Witzel e Jair Bolsonaro têm ‘rusgas’ públicas recentes por conta do caso Marielle.
O acordo, agora desfeito, tinha começado a ser traçado no fim do carnaval deste ano. Crivella e Witzel combinaram que, no mais tardar em 2021, o desfile aconteceria sob a gestão do Governo do Estado.
Porém, a cessão não aconteceu, e o Corpo de Bombeiros solicitou obras estruturais no complexo.
Ensaios técnicos serão ajudados pelo Governo do Estado
Logo após ficar sabendo que a Prefeitura não irá mais repassar a administração do Sambódromo ao Governo do Estado, Witzel revelou que ajudará os ensaios técnicos no Sambódromo através das leis de incentivo e que continuará contribuindo com o carnaval dentro do que é permitido por lei.
”O prefeito conseguiu mais um apoio e o povo do Rio fica muito feliz. Espero que o dinheiro seja suficiente para poder fazer as obras. Vamos estar atentos para que as obras saiam para se for o caso ajuda”, afirmou.
Na semana passada, Witzel subiu o tom em críticas à lentidão do processo.
”É impressionante você querer ajudar e quem precisa ser ajudado não querer receber ajuda. Estou desde o último dia do carnaval dizendo que o Sambódromo precisa receber obras, e eu reafirmo. Não é apenas a gestão que está aí. Pegue as gestões anteriores e você vai ver o descaso com um equipamento que é tão importante para a cultura do nosso povo. Desde o início do ano, eu estou sendo enrolado, essa é a verdade”, lamentou Witzel.
No dia seguinte a isso, a Riotur divulgou R$ 8 milhões disponíveis para reformar o Sambódromo, mas nada disse sobre a cessão do espaço.
Diretor-presidente do órgão, Marcelo Alves disse que haverá revistas na estrutura das arquibancadas e na parte elétrica. Além disso, também serão trocados os equipamentos contra incêndio.
Marcelo explicou, ainda, que será responsabilidade da Rioluz a revisão dos quadros elétricos e da fiação. Já a Riotur ficará com a proteção contra incêndios. Essas duas etapas vão consumir os outros R$ 5 milhões.
Infelizmente o Sambódromo do Rio de Janeiro vai permanecer sob controle da Prefeitura comandada por Crivella que todos sabemos ser contrário às festas de carnaval devido sus crença religiosa, entretanto, valeu-se o prefeito do apoio do governo federal com quem o Governador do Estado está em crise. Somente devido essa crise política é que o governo Bolsonaro resolveu liberar o dinheiro para atingir diretamente o Governador Witzel. Quem perdeu? lógico foi o Carnaval do Rio!