A força feminina no Rock in Rio 2024: momentos históricos e empoderamento no Dia Delas

Katy Perry, Iza, Ivete Sangalo e Cyndi Lauper marcam o "Dia Delas" com shows inesquecíveis no Rock in Rio 2024

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Rock in Rio 2024 - Dia Delas - Foto: Derek Mangabeira

O Rock in Rio 2024 teve um de seus momentos mais emblemáticos nesta sexta-feira, com o “Dia Delas”, onde a força feminina dominou os palcos e o público. No palco Mundo, Katy Perry, uma das artistas mais aguardadas nas redes sociais, foi a headliner e aproveitou para lançar mundialmente seu novo álbum “143”. Enquanto isso, Iza, grávida de Nala, brilhou como atração principal do palco Sunset, encerrando a noite em clima de alto astral.

“Sextou” em clima de empoderamento. As mulheres dominaram o Rock in Rio nesta sexta-feira, com um line-up diverso que atraiu fãs de todas as idades. A Cidade do Rock tornou-se uma grande família para assistir aos shows de Katy Perry, Iza, Cyndi Lauper, Ivete Sangalo e Gloria Gaynor, entre outros, em performances que fizeram o público dançar do início ao fim. Além dos hits, os shows trouxeram inovação: Ivete sobrevoou a plateia, Karol G dançou em um palco molhado e trouxe Pabllo Vittar, Sevdaliza e Yseult para uma apresentação marcante, enquanto Gloria Gaynor transformou o palco em uma verdadeira pista de disco music.

“O show da Katy Perry foi um dos mais esperados. Ela levitou na entrada e surpreendeu com uma borboleta gigante na cenografia. O ponto alto foi quando Cyndi Lauper subiu ao palco para cantarem juntas “Time After Time”. Foi um momento emocionante que ficará marcado na história do festival.”

Ivete Sangalo abriu o palco Mundo com uma energia inconfundível, sua 18ª apresentação no Rock in Rio. Veveta, como é carinhosamente chamada, impressionou ao sobrevoar as 100 mil pessoas presentes ao som de “Eva”. O show contou com a participação especial de Liniker, com direito a um selinho entre as artistas. Para fechar, as filhas gêmeas de Ivete, Marina e Helena, subiram ao palco para a última música, “O Mundo Vai”, mostrando que herdaram a energia contagiante da mãe.

Em seguida, Cyndi Lauper, ícone da década de 80 e símbolo do empoderamento feminino e da comunidade LBTQIAPN+, mostrou porque continua a marcar gerações com hits como “She Bop”, “Time After Time” e “Girls Just Want to Have Fun”. Em um show repleto de energia e emoção, Cyndi ainda abraçou a bandeira do Brasil, levando o público ao delírio.

A artista colombiana Karol G trouxe toda a sua herança latina para o festival, convidando Pabllo Vittar para se juntar a ela no palco, ao lado de Sevdaliza e Yseult. A performance de “Alibi” foi um dos pontos altos da noite.

Katy Perry, que escolheu o Rock in Rio para o lançamento global do álbum “143”, mostrou porque é uma das artistas mais desejadas pelo público. Além das novas músicas como “Woman’s World”, “I’m His, He’s Mine” e “Gimme Gimme”, ela não deixou de fora seus maiores sucessos, como “I Kissed a Girl”, “Firework”, e “Roar”. No meio da apresentação, Katy trouxe ao palco Douglas, um fã sortudo, para dançar “Swish Swish”, e emocionou o público ao cantar “Time After Time” ao lado de Cyndi Lauper.

“Depois de seis anos sem vir ao Brasil, ver os Katy Cats emocionados foi incrível,” disse a cantora. Alicia Maria Souza e Jaime Neto, fãs de longa data, viajaram de Anamã, no Amazonas, para ver a ídola pela primeira vez. “Nós nos conhecemos por causa dela. Chegamos na fila às 7h da manhã para garantir o melhor lugar possível.”

Palco Sunset: diversidade e representatividade em alta

No palco Sunset, o line-up desta sexta-feira foi totalmente focado em mulheres negras, de várias gerações e estilos musicais. Luedji Luna abriu o palco, trazendo sua mistura única de MPB, soul, jazz e música africana. Ela dividiu o palco com Tássia Reis e Xênia França, em um espetáculo que celebrou a força feminina e negra na música. O filho de Tássia, Dayo, de quatro anos, roubou a cena ao participar do show em um momento adorável.

“É uma honra enorme fazer parte do line-up do Rock in Rio, especialmente em um dia dedicado às mulheres negras,” disse Luedji Luna. Tyla, ganhadora do primeiro Grammy de Melhor Performance de Música Africana, também agitou o público, destacando sua música “Water” e dançando funk ao som de “Parado no Bailão”.

Gloria Gaynor, lenda da disco music, retornou ao Brasil após uma década para um show histórico. Ela emocionou o público com clássicos como “I Will Survive” e “Can’t Take My Eyes Off You”, transformando o palco Sunset em uma verdadeira pista de dança. Encerrando a noite, Iza, grávida de 35 semanas, não deixou que sua condição interrompesse sua performance. Com um show repleto de sucessos e acompanhada por uma orquestra, a cantora trouxe convidados como Ivete Sangalo, em um momento emocionante, onde Ivete usava uma jaqueta com o nome “Nala”, em homenagem à filha de Iza que está prestes a nascer.

Espaço Favela: representatividade e protagonismo feminino

O Espaço Favela também brilhou com uma programação de destaque. Brisa Flow trouxe referências indígenas e combinou instrumentos de sopro com tecnologia, enquanto MC Dricka fez um show repleto de energia, explorando suas raízes no funk. Encerrando a noite, Pocah homenageou sua cidade natal, Duque de Caxias, e protestou contra o feminicídio durante a música “Livramento”, emocionando o público ao dedicar uma parte da apresentação à sua mãe e filha.

Global Village: Angélique Kidjo domina o palco

No palco do Global Village, as mulheres também tiveram protagonismo, com destaque para Angélique Kidjo, embaixadora do palco e uma das maiores artistas internacionais do mundo. Ela encerrou a programação com uma performance cheia de energia, com hits como “Africa, One of a Kind” e “Agolo”.

Bianca Andrade, que foi ao festival para assistir Iza, acabou surpreendida pela apresentação de Kidjo. “Ela tem uma energia contagiante. Todo o corpo dela se comunica com a gente,” disse a psicóloga de 50 anos.

O Espaço Delas, no Global Village, foi um refúgio para mulheres no festival, oferecendo suporte e acolhimento para aquelas que se sentissem vulneráveis. Maria Antonia Chady, cofundadora do espaço, destacou que essa é a primeira iniciativa voltada exclusivamente para mulheres em um festival.

Musical “Sonhos, Lama e Rock and Roll”

O musical “Sonhos, Lama e Rock and Roll” também contou com uma presença feminina forte. Gottsha, que interpreta o braço direito de Roberto Medina, destacou a importância das mulheres na história do Rock in Rio, enquanto Bel Kutner, que interpreta a protagonista Elizabeth Lobo, refletiu sobre o impacto feminino na trajetória do festival.

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