O acidente causado por um veículo de passeio que invadiu a calha exclusiva do BRT, causando a morte de uma passageira e deixando cerca de 40 pessoas feridas, não foi um caso isolado. Diariamente, os articulados do BRT Rio enfrentam o desafio de ter a pista exclusiva invadida por outros veículos. E o resultado dessa infração é preocupante: somente em 2020 houve 130 colisões com carros e motos.
Apesar de trafegar em velocidade inferior àquelas verificadas nas faixas para automóveis e ônibus urbanos, um articulado de 15 toneladas precisa de mais tempo e espaço para realizar a frenagem total, o que torna qualquer invasão nas pistas exclusivas ainda mais perigosa.
Além do risco à vida das pessoas, os constantes acidentes impactam no planejamento e nos intervalos entre os serviços, afetando a operação com desvios, por exemplo. Nessas situações os articulados são obrigados a circular momentaneamente fora da sua pista, o que acarreta a diminuição da velocidade e a dependência do fluxo do tráfego fora da calha.
O BRT Rio informa que faz campanhas permanentes em suas redes sociais alertando para os perigos da invasão à pista exclusiva e da conversão proibida, e reitera a conscientização necessária por parte de todos – motoristas, motociclistas, ciclistas e pedestres para evitar esse tipo de acidente.
Em nota, Prefeitura do Rio lamentou o acidente ocorrido com o ônibus do BRT no corredor Transoeste, nesta quarta-feira (10/03), solidarizando-se com as famílias das vítimas e informa que acompanhará de perto as investigações sobre as causas do ocorrido.
A Secretaria Municipal de Saúde disse que, até o momento, 34 acidentados foram encaminhados para hospitais municipais e estaduais. O Corpo de Bombeiros confirmou uma morte.