Alberto Gallo: Humanismo integral e solidário

Somos todos peregrinos nessa jornada chamada Vida. E o grande sentido desta caminhada, é de nos reconhecermos como seres humanos iguais. Somos apenas Sapiens, com toda a beleza e limitação, mas com uma pitadinha de tempero Divino

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Já avançamos em duas décadas do século XXI, portanto caminhamos juntos nessa viagem do tempo.  Estamos todos ligados por um único destino, embora isso não pareça tão claro. Para uns a vida é de conforto e aparente riqueza, enquanto para uma maioria as condições são de muito trabalho e perrengues. Mas nossa vida em sociedade requer uma comum assunção de responsabilidades, inspirada em um humanismo integral e solidário, conforme propõe a Doutrina Social da Igreja.

Esse humanismo solidário é nada mais do que desenvolvermos uma compaixão por todo ser, ao ponto de construirmos uma sociedade que não pode mais conviver com uma vida degradante para outras pessoas.  Dispomos de condições técnicas e recursos neste momento da história para construirmos um mundo mais inclusivo. Mesmo com toda a complexidade da economia e dos mercados, há recursos de alimentação e riqueza em todo o mundo capazes de prover os oito bilhões de “humaninhos” que habitam esse planeta.  Mas para construir essa realidade possível, é preciso entender que essa caridade e o valor de perceber os homens todos como irmãos, não é apenas um atributo religioso dos cristãos ou outros povos com crenças semelhantes. Essa visão é o único caminho para o desenvolvimento social. Não há outro.  Para aqueles que são crentes, faz todo o sentido aceitar a doutrina social como Plano de Deus, para caminho de redenção da sociedade, e salvação integral, da Esperança em uma justiça plena, da Caridade que torna todos os homens verdadeiramente irmãos em Cristo. Para os que não creem, fica o caminho da inexistência de uma melhor opção viável.  As propostas materialistas de Marx ou o liberalismo desmedido que tratam o ser humano como insumo descartável, não apresentam um caminho real de evolução. Ao contrário o ser humano da modernidade se depara com uma falsa democracia populista, mas que impõe um controle social e retira liberdades, consumismo e uma vida de ilusões.  

São muitos questionamentos que acompanham a humanidade em sua jornada histórica e que adquirem, no nosso tempo, ainda maior significância, pela vastidão dos desafios, pela novidade dos cenários, pelas opções decisivas que esta geração precisa lidar.  O primeiro dentre os maiores desafios é de entender a verdade mesma do que é o “ser humano”.  A relação entre sua natureza, moral e do sopro divino que habita em seu coração. São questões que interpelam decisivamente a responsabilidade pessoal e coletiva em vista dos comportamentos que se devem ter, em face daquilo que o homem é, do que pode fazer e do que deve ser. Um segundo desafio é posto pela compreensão e pela gestão do pluralismo e das diferenças em todos os níveis: de pensamento, de opção moral, de cultura, de adesão religiosa, de filosofia do progresso humano e social. O terceiro desafio é a globalização, que tem um significado mais amplo e profundo do que o simplesmente econômico, pois que se abriu na história uma nova época, que concerne ao destino da humanidade.

Para os não crentes é uma questão filosófica e fundamental. Mas para os discípulos de Jesus, esses desafios possuem um caráter de sagrado, na medida em que o próprio Deus entrou na história, encarnado na limitação de um humano, para dialogar com a humanidade e revelar-lhe o Seu desígnio de salvação, de justiça e de fraternidade. Isso não é pouca coisa!   Foi nos dada um caminho claro e inquestionável. De que todos nós somos merecedores do respeito, tal qual irmãos e semelhantes. Se assim não for, só nos restará a barbárie

É preciso insistir renovar o sentido de um humanismo à altura do desígnio de amor de Deus sobre a história, um humanismo integral e solidário, capaz de animar uma nova ordem social, econômica e política, fundada na dignidade e na liberdade de toda a pessoa humana, a se realizar na paz, na justiça e na solidariedade.  É o desafio da unidade «só será possível, se os indivíduos e os grupos sociais cultivarem em si mesmos e difundirem na sociedade os valores morais e sociais, de forma que sejam verdadeiramente homens novos e artífices de uma nova humanidade, com o necessário auxílio da graça«.

E com esse tema, do “Humanismo Integral e Solidário” é que começaremos a estudar a obra Compêndio da Doutrina Social da Igreja, e que inclusive é fonte de referência deste texto. O livro que é conhecido como grande tesouro da humanidade, propõe de modo prático e objetivo os caminhos pelos quais os povos e todas sociedades devem se organizar a partir de valores humanistas para que possamos construir uma sociedade mais justa, inclusiva e participativa.

Fica o convite para quem desejar aprofundar nos temas, de participar deste grupo de estudos e discussão. É aberto a todos e vamos avançar de modo gradual e por meios virtuais. Um curso gratuito e inclusivo sobre o Compêndio da Doutrina Social da Igreja, incluindo todo o material. O convite está aí…. São muitos os convidados e poucos os escolhidos.

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