Preso desde o dia 09/09 por suspeita de envolvimento com o jogo do bicho, Allan Turnowski, ex-secretário estadual de Polícia Civil do Rio de Janeiro, teve, na última sexta-feira (16/09), pedido de habeas corpus negado pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ). A decisão é da ministra Maria Thereza de Assis Moura, presidente do órgão.
Vale ressaltar que, na terça (13/09), a defesa de Allan já havia tido negado o mesmo pedido, porém junto ao Tribunal de Justiça fluminense (TJRJ).
Turnowski deixou a chefia da Polícia Civil do RJ em março para se dedicar à candidatura a deputado federal no pleito do dia 02/10. Ele é filiado ao PL, partido, por exemplo, do presidente Jair Bolsonaro e do governador Cláudio Castro, que tentam suas respectivas reeleições.
De acordo com as investigações, o delegado recebia propina referente ao jogo do bicho e estaria intermediando um plano para assassinar Rogério Andrade, considerado o maior contraventor do estado. A defesa de Allan, porém, nega o envolvimento dele nesses casos e afirma que se trata de ”perseguição política” ao cliente.
”O delegado Allan Turnowski não soube até agora o motivo de sua prisão. Allan Turnowski afirma que a prisão de hoje [09/09] foi um movimento de perseguição política, realizado por um grupo específico infiltrado no Ministério Público. Este grupo não quer que ele seja eleito por medo de ser investigado”, dizia nota oficial no dia da prisão.