Aluno do Colégio Pedro II do Humaitá agride professora

Agressão teria sido motivada por um desafio viralizado entre jovens na rede social TikTok

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Divulgação / Agência Brasil

Um estudante do 6º ano do ensino fundamental do Colégio Pedro II, unidade Humaitá II, na Zona Sul do Rio de Janeiro, deu uma bofetada no rosto da professora de Inglês, Ana Paula Loureiro. A agressão, que foi confirmada pelo Departamento de Inglês da instituição, na última sexta-feira (22), teria sido ocasionada pelo desafio “Slap Your Teacher Challenge“, em livre tradução “Desafio dê um tapa no seu professor”, lançado por os jovens na rede social TikTok.

Criado em outubro de 2021, o “Slap Your Teacher Challenge” incentiva os alunos a gravarem vídeos enquanto esbofeteiam os rostos dos professores. Quando o desafio viralizou nos Estados Unidos (EUA), o TikTok emitiu, via Twitter, uma mensagem de reprovação da prática: “O suposto desafio é um insulto aos educadores de todos os lugares. E embora isso não seja uma tendência no TikTok, se em algum momento aparecer, o conteúdo será removido”.

Leia a moção de apoio do Departamento de Inglês:

“Moção de apoio à professora Ana Paula Loureiro, do campus Humaitá II. Nós, docentes do departamento de inglês do Colégio Pedro II, expressamos nosso mais profundo repúdio e preocupação em relação ao lamentável ocorrido em nossa instituição, no qual a professora Ana Paula Loureiro foi agredida por alunos do 6º ano do Ensino Fundamental, como parte de um desafio inaceitável. O desafio, que iniciado no TikTok nos EUA em outubro de 2021, chama-se #slapyourteacherchallenge, e consiste em dar uma bofetada no professor da turma e, quando possível, filmar a cena da agressão. Lamentavelmente, parece que o desafio chegou até nós.”

O Colégio Pedro II enviou ao DIÁRIO DO RIO a seguinte nota:

A Direção Geral do Campus Humaitá II e sua equipe e a Reitoria do CPII se solidarizam com a nossa Profª Ana Paula Loureiro sobre o lamentável episódio ocorrido em sala de aula no dia 18/09 e reafirma nosso compromisso com o respeito e a ética.

Ana Paula Loureiro estava substituindo a docente regular de uma turma do 6º ano quando ao final da aula, enquanto estava de cabeça baixa realizando anotações, recebeu tapas na nuca. A agressão foi motivada por uma aposta entre uma aluna, que desferiu os tapas, e um aluno do 6º ano.

Ao tomar ciência do ocorrido, no mesmo dia, a Direção suspendeu preventivamente por dois dias os discentes envolvidos e instaurou um Processo Disciplinar que proporá a sanção final a ser aplicada. Cabe ressaltar que a suspensão preventiva de dois dias não se configura na sanção a ser aplicada, mas como medida cautelar e disciplinar.

O Chefe de Gabinete da Reitoria foi notificado do episódio no dia 19/09. No dia seguinte ao fato, a professora envolvida registrou o Boletim de Ocorrência na 10ª Delegacia de Polícia do Rio de Janeiro, a Direção do Campus a acompanhou para o registro.

Internamente, foi composta uma Comissão, constituída de três membros do corpo de servidores, que procederá à apuração dos fatos, ouvindo todos os envolvidos e citados, garantido o direito do contraditório e ampla defesa, conforme preconiza o Código de Ética Discente do Colégio Pedro II e a Portaria nº 1.924, de 28 de maio de 2019, que regulamenta os procedimentos inerentes ao disposto no Artigo 7.º do Código de Ética Discente do Colégio Pedro II. O Relatório Final, com a proposta da sanção, será enviado à Reitoria. O processo corre em sigilo em cumprimento ao Estatuto da Criança e do Adolescente.

Foram enviados relatórios acerca dos estudantes envolvidos ao Conselho Tutelar e ao Ministério Público Federal, conforme orientação do procurador do CPII.

Infelizmente, temos observado um aumento significativo, por parte do corpo discente, de ações que geram violência, decorrentes de vários fatores, mas principalmente da falta de respeito, de limites e empatia ao próximo.

São urgentes reflexões e discussões sobre a escola que vivemos hoje com tantos conflitos geracionais e sociais, com a intensidade e recorrência destes.”

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5 COMENTÁRIOS

  1. Eu já sou radical, se a professora é minha irmã, mãe ou esposa, eu iria levantar os desgraçados perturbadores e ia dá tanto tapa na cara deles até ficar bem vermelho pra eles sentir na péle e no corpo a dor q eu senti e fôda-se o q viria depois…

  2. Esse projeto de agressor já pode ser expulso do colégio.

    Com relação às narrativas, agora deu bug na cabeça da esquerda: defender uma mulher agredida da Educação OU proteger o “coitado” do menor que não sabe (?) o que está fazendo.

  3. A diferença que nos EUA o menor é responsabilizado e recebe uma pena. Uma fortuna de indenização é paga tendo que os pais tomarem empréstimos e se endividar para pagar a ação regressiva do Estado.

    Já no Brasil, nada acontece com o aluno delinquente – que sequer pode ter a imagem e nove divulgado. Nem com a família do delinquente. Se profissional da educação do setor público, caso indenizado, receberá em precatórios e, talvez, morra sem receber o dinheiro. Resta-lhe tirar uma licença por saúde remunerada. A escola fica sem vaga por 6 meses a 1 ano até o retorno da licença, tendo que designar outro para cobrir, juntar as turmas ou contratar um temporário.

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