Andréa Nakane: Fotos Geradoras de Renda para o Bem

Colunista do DIÁRIO DO RIO fala sobre Gustavo Franck, que atua como designer, sem deixar de praticar trabalhos voluntários

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Gustavo Franck, 51 anos, se considera um paulista por acidente, já que é filho de carioca e gaúcho, que na época trabalhava em São Paulo, e há exatos 20 anos escolheu o bairro do Jardim Botânico para viver e desenvolver seu ofício de designer, sem deixar, também, de praticar trabalhos voluntários.

Como parte de seu trabalho, Gustavo Franck edita livros e revistas desde os anos de 1990, sendo sócio da editora responsável pela publicação da revista Vizoo (hoje descontinuada) e à frente de tantos outros veículos editoriais customizados. Além de ter participado de projetos de livros de fotografia para a Fundação Pierre Verger (Bahia) e a FAAP (São Paulo), entre outros.

E foi justamente a fotografia que lhe permitiu uma conexão maior com o fotógrafo Raul Vitor Borges, surgindo, então uma sólida parceria, que já rendeu duas obras.

“Esse é o segundo trabalho que faço com o Raul. O primeiro refere-se a sua fase da juventude, ainda nas décadas de 1970 e 1980, com fotos em preto e branco e com negativos. Depois disso, o Raul foi se dedicar à sua profissão (é psiquiatra de formação), só retornando a fotografar no final dos anos 2000, quando se aposentou. E como ficou muito satisfeito com o resultado do primeiro livro, sentiu-se impelido a seguir editando seu trabalho e novos projetos. Foi isso que aconteceu com “Luz escrita”.” relata Gustavo Franck.

O livro Luz escrita apresenta o que as lentes de Raul Vitor Borges captaram durante viagens à Tailândia, Chile, Islândia, Hungria, Argentina, entre outros destinos, registrando pessoas, paisagens, arquitetura e situações do cotidiano.

Além do trabalho artístico envolvido, ambos acabaram por dar ainda mais beleza e nobreza a trajetória do livro visando o bem-estar de milhares de animais recolhidos nas ruas. E para isso 100% do que for arrecadado com a venda dos exemplares do livro será destinado para a ONG GARRA.

“Faço trabalho voluntário há mais de 20 anos e, sem querer apontar o dedo pra alguém, não aceito essa história de que as pessoas não têm tempo para ajudar um pouco que seja, em alguma causa de bem comum. Uma hora por semana todos têm e já é suficiente pra fazer a diferença! Como o Raul não tem aspirações comerciais com estes projetos, e compartilhamos do amor pelos animais, sugeri que fizéssemos um lançamento do livro com a venda revertida para alguma iniciativa de proteção aos animais. Ele topou de cara! Minha mulher havia adotado um gato no Garra meses antes e sabíamos das dificuldades por que passam e foi assim que o nome veio à cabeça.” conta Gustavo Franck.

Quem quiser ter uma obra fantástica, na qual a fotografia reina em todo o seu esplendor e ainda colaborar com as ações do Garra, uma associação reconhecida por seu trabalho de recolher e amparar milhares de animais vítimas de abandono e maus tratos, pode entrar em contato com eles site www.garranimal.com.br ou conta no instagram @garranimal e assim obter informações detalhadas.

Já quem quiser conhecer mais o trabalho do Gustavo Franck e quem sabe, até mesmo, repetir a iniciativa de produzir uma obra e, também destinar sua receita à entidades do terceiro setor, que tanto colaboram para uma maior equidade e justiça social, pode lhe encaminhar email para gustavofranck@vizoo.com.br

Trabalhos futuros já estão em andamento, segundo Gustavo Franck, que se sente inspirado pela atmosfera da cidade, mesmo que não seja tão bem cuidada como deveria.

“O Rio ao mesmo tempo que me inspira, me entristece. Sua beleza natural é incomparável, não há cidade desse porte igual no mundo, em termos de belezas naturais. Mas a forma como é tratada por grande parte das autoridades e da própria população é muito errada! Esse lugar tinha tudo para ser um pedaço do paraíso na Terra, mas acaba sucumbindo ao egoísmo e interesses obscuros. Uma pena.” desabafa Gustavo Franck.

Mesmo assim, continuamos a acreditar nessa força e altruísmo lindo do Gustavo Franck, do Raul Vitor Borges, do pessoal abnegado do Garra, liderado por sua presidente, Renata Prieto, pois é no coletivo, organizado pela própria sociedade civil, que as transformações mais importantes acontecem e nos dão esperanças em dias melhores.

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Andréa Nakane é carioca, apaixonada pela Cidade Maravilhosa, relações públicas, professora universitária, Doutora em Comunicação Social e Mestre em Hospitalidade.Embaixadora do RJ. Vive há 20 anos em Sampa e adora interagir com pessoas singulares que possam gerar memórias afetivas construtivas.

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