Raphael Paes Oliveira de Carvalho, 19 anos, é carioca e atual morador de Jacarepaguá e que no primeiro semestre de 2020 iniciou seus estudos na graduação em matemática na Universidade Federal Fluminense, ou melhor, tinha a previsão.
Com a pandemia do COVID-19, Raphael Paes teve seus planos adiados em função da
interrupção do processo educacional que atingiu diversas instituições, sobretudo as de
fomento público. Porém, no segundo semestre, seu curso iniciou, com as adaptações necessárias para que os alunos pudessem retomar o ritmo dos estudos, via plataformas tecnológicas que permitem a oferta da Educação a Distância (EaD).
A alegria de Raphael Paes só não foi maior, pois em seu senso coletivo pertenceu de forma ainda mais evidente as discrepâncias da desigualdade social existente não só na cidade, mas, também, no país.
“Muitos alunos não tem uma estrutura adequada para o ensino à distância, eu
particularmente, não tive muitos problemas com relação a isso, mas, infelizmente, essa não é a realidade de grande parte dos graduandos.”
Raphael Paes realça que mesmo com todas as adversidades com esse processo alternativo, encontrado para justamente permitir a continuidade das práticas educacionais, tem se fortalecido na própria superação das práticas dos docentes, que apesar de todas as dificuldades estão propiciando a qualidade do ensino, com um olhar ainda mais humanista, buscando estar totalmente disponível as individualidades dos seus discentes, demonstrando a importância de estar juntos de forma empática nesse momento.
Mas, Raphael Paes mantém seu otimismo na busca de soluções a médio e longo prazo para que a educação realmente seja a prioridade estratégica para orientar as transformações no país.
Ele, também, busca de forma consciente representar bem o seu papel de aluno e
esquematizou sua rotina a essa nova realidade:
“Acordo cedo, e garanto que meu café esteja pronto para a primeira aula, que pode ser por meio de encontros ou vídeos enviados pelos professores. Consigo uma pausa no horário de almoço e tento dar continuidade aos meus estudos à tarde, revendo parte do conteúdo aprendido e realizando exercícios propostos”, relata Raphael Paes.
Como jovem, ele confirma que a pandemia mudou completamente seu cotidiano, não mais permitindo continuar com hábitos tão simples, mas ao mesmo tempo tão preciosos, que o faz ter saudades de um dia retornar com essas práticas, que lhe são tão prazerosas, como encontrar seus amigos, fazer exercícios em grupos, sobretudo tendo como referência acolhedora as lindas paisagens que a cidade oferece.
Por enquanto, Raphael Paes agarra as oportunidades de continuar investindo no seu futuro e no futuro de todos nós, por meio da educação, afinal, essa geração que está em plena formação acadêmica é que será a bússola para realmente termos um novo tempo. Até lá, cabe a cada um de nós dar a sua contribuição… e a contribuição de cada um é vital para um amanhã de maior qualidade e felicidade coletiva.