Laura Montezuma Serra Martins, 27 anos, natural do Rio de Janeiro, moradora do Leblon, é designer e descobriu uma maneira extraordinária de realizar seu trabalho, idealizando uma forma de dar vazão a sua veia artística, ao mesmo tempo que provoca emoções repletas de significados e simbologias.
Durante a pandemia, Laura Montezuma Serra Martins se viu a guerrear com uma crise de ansiedade que a deixou muito inquieta e a levou a uma frenética busca em sua casa para algo que a ajudasse na travessia desse momento.
Ao vasculhar suas gavetas, Laura Montezuma Serra Martins, encontrou uma jaqueta de uma amiga, algumas tintas e deve ideia de pintar, de transformar, dar um novo estilo a vestimenta. Ela postou nas redes sociais e inúmeros elogios e curtições surgiram, incentivando que ela continuasse seus experimentos. E para isso, contou com os amigos, que começaram a enviar peças de roupas para passarem por suas mãos, e sua mãe, que comprou materiais adequados para explorar ainda mais esse processo criativo.
Assim surgiu, inicialmente, de forma muito despretensiosa a Roupa Q. – sua marca própria, que tem o intuito de ressignificar peças de roupas para ganhar um novo ciclo, além de trabalhar com o fomento da sustentabilidade e economia circular.
“Antes mesmo da pandemia, eu já estava incomodada com minha trajetória profissional, trabalhando em uma agência de publicidade, e queria dar uma guinada e foi exatamente nesse momento que percebi que um novo negócio estava surgindo. Aliei minha formação ao meu desejo de trabalhar de maneira mais customizada e com total liberdade de expressão, unindo beleza, funcionalidade e exclusividade.” relata Laura Montezuma Serra Martins.
Hoje, a Roupa Q. não só trabalha com peças de roupas, mas todos os tipos de panos, que vestem não só os corpos, mas também a casa, com mantas, guardanapos, toalhas, jogos americanos, criando peças decorativas únicas, atingindo outro perfil de público.
Além de comercializar seu trabalho nas redes sociais – @roupa.que e no site www.roupaque.com.br, Laura Montezuma Serra Martins também está investindo em parcerias com outras marcas, que tenham exatamente o mesmo alinhamento com seus propósitos, e assim gerar maior visibilidade e, também, realizar colaborações que beneficiem diretamente outras pessoas, acolhidas por projetos de responsabilidade social.
“Recentemente concretizei um Collab fantástico, com um brechó, a Boutique pelo Bem e a loja Pitanga, no Rio Design Leblon, com renda revertida para um projeto chamado Mulheres de Luz, que atende moradoras do Jardim Gramacho. Eu escolhi 20 peças do brechó, pintei cada uma delas e as mesmas estão à venda na loja.” conta Laura Montezuma Serra Martins.
Esse trabalho já está rendendo outras oportunidades, inclusive com participação no Casa Cor, com suas roupas de casa, além de encomendas individuais, nos quais as pessoas querem justamente contar uma nova história com peças que porventura estejam paradas, sem uso.
“Eu mesma, tenho uma peça de muita memória carinhosa, que é um vestido branco de linho, que herdei da minha mãe, que não mais usava, eu pintei e hoje ele está no meu guarda-roupa, sendo muito utilizado e repleto de afetos.” declara Laura Montezuma Serra Martins.
Para o futuro, Laura Montezuma Serra Martins, pretende ampliar suas parcerias com diferentes marcas, muito além do Rio de Janeiro, acompanhando a onda de maior conscientização das pessoas em realizar um consumo mais sustentável e responsável, com valorização plena de tudo que está vinculado ao artesanato, em sintonia com a economia criativa, com uma maior ênfase ao minimalismo, sem perder a personalidade e estilo próprio.
“Eu acho que o povo carioca é muito criativo, muito aberto a se reinventar, de se arriscar, uma alma e cabeça abertas. A gente vê arte por todos os lados no Rio. A Economia Circular para existir precisa de criatividade e por isso mesmo, a cidade se torna um território próspero para seu desenvolvimento. É a cara da gente.” afirma Laura Montezuma Serra Martins.
E o trabalho da Laura Montezuma Serra Martins é exemplo fidedigno disso, pois traz elementos artísticos, econômicos, de pura sensibilidade e encantamento. Vida longa à Roupa Q. e que em breve ela esteja por todo o Brasil, ou melhor, por todo o mundo, levando a bossa carioca para todos os cantos do planeta, afinal para a arte não há fronteiras e o Rio sendo seu berço, não irá ficar enciumado de dividir essa marca-cria globalmente!