O torcedor brasileiro já se acostumou aos vexames da seleção, mas a cada novo fracasso surge a pergunta: e agora? A princípio, não há nenhuma indicação de que haverá mudanças de rumo, e torcedores de todo o país estão utilizando o código promocional Betano para dar seus palpites sobre o futuro da “amarelinha”.
Após a “era Tite”, a Seleção Brasileira parecia que, enfim, estava começando a acordar do sono profundo. A CBF indicou que iria contratar um treinador de peso no cenário internacional: o nome anunciado era Carlo Ancelotti.
E durante muito tempo essa expectativa foi mantida, mesmo sem o italiano confirmar publicamente o acordo. Acontece que, após muita espera, finalmente veio o comunicado formal: Carlo Ancelotti permaneceria no Real Madrid e a seleção continuava sem comandante.
Nesse ínterim, Ramon Menezes havia comandado o Brasil em alguns amistosos – e se saíra muito mal. Depois, enquanto a seleção aguardava a “chegada” de Ancelotti, o treinador interino foi Fernando Diniz, alguém totalmente diferente do estilo do italiano. Já era mais um sinal da bagunça do futebol brasileiro.
Porém, com a recusa de Ancelotti e os maus resultados de Diniz, Dorival Júnior foi definido como novo comandante da Seleção Brasileira. Dessa forma, os torcedores que sonharam em ver o Brasil sendo comandado pelo treinador do Real Madrid, multicampeão ao longo da carreira, acordaram com a notícia de que Dorival, que nunca foi um dos principais treinadores da defasada escola brasileira, era o escolhido.
Nos primeiros dois jogos, os amistosos contra Inglaterra e Espanha, o novo comandante conseguiu se sair bem. O Brasil venceu os ingleses em Wembley (1 a 0) e empatou com os espanhóis no Santiago Bernabéu (3 a 3).
Entretanto, a Copa América mostrou uma seleção completamente despreparada. É verdade que Dorival Júnior estava no comando da equipe havia pouco tempo, mas o Brasil, em quatro jogos, obteve três empates (Costa Rica, Colômbia e Uruguai) e apenas uma vitória, contra o Paraguai.
Futuro pós-Copa América
Com mais um vexame, os torcedores já se questionam sobre o futuro da Seleção Brasileira. Há muitos anos, o Brasil deixou de ser o grande favorito nas principais competições internacionais e, hoje, pode ser presa de qualquer adversário.
Em 2018, por exemplo, a eliminação foi para a Bélgica – quatro anos mais tarde, para a Croácia. Além disso, o Brasil acumula eliminações precoces na Copa América e ainda sofreu o infame 7 a 1 para a Alemanha.
E o cenário para os próximos anos não é de otimismo. Ao contrário, nada diferente parece estar sendo feito para mudar a situação da Seleção Brasileira.
O que é preciso entender é por que o nosso futebol parou de revelar craques como os de outrora. Desde 2007, por exemplo, nenhum jogador daqui vence o prêmio de melhor do mundo.
Depois, é necessário aceitar o fato de que nossos treinadores estão muito atrás dos estrangeiros. Se a qualidade dos jogadores já decaiu e nós ainda abrimos mão de ter os melhores treinadores, então dificilmente poderemos ter sucesso nos próximos anos.
Mas é claro que, mesmo com toda a bagunça do futebol brasileiro, sempre é possível ter um pingo de esperança nos talentos que surgem por si próprios. Nomes como Estêvão alimentam a esperança dos torcedores de voltarem a ver a Seleção Brasileira brilhar no cenário internacional.
De todo modo, para voltarmos a ter protagonismo de maneira consistente muitas coisas precisam ser mudadas. E, pelas decisões recentes da CBF, o recado é de que tudo permanecerá igual. Torçamos, portanto, para que no futuro os problemas sejam atacados de frente, e a conquista do hexa possa voltar a ser uma expectativa em vez de uma ilusão.
