Balões continuam sendo uma preocupação no Rio de Janeiro

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Acidente entre avião e balão, em 2011, no Santos Dumont. Foto: FAB

Embora muita gente ache bonito e valorize a prática, soltar balão é crime, de acordo com o artigo 42 da Lei de Crimes Ambientais (nº 9.605/98). É sabido pela maior parte da população os estragos que um balão pode causar. Campanhas de conscientização são realizadas, mas o problema continua.

Incêndios e acidentes aéreos e conflito entre grupos armados que soltam e perseguem balões são três das maiores preocupações. E tudo isso aconteceu na última semana, quando um enorme balão caiu no Aeroporto do Galeão. Como se não bastasse o susto, o risco de uma aeronave ter contato com o artefato, causando uma queda de avião ou provocando fogo no local, homens armados invadiram o espaço atrás do balão. Houve troca de tiros com a polícia, prisões e fugas.

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O balão que caiu no Galeão. Foto: Polícia Civil

Um relatório de 2018 da Força Aérea Brasileira (FAB) mostra que, até 2 anos atrás, foram 25 colisões, a maioria delas envolvendo aviões comerciais. Além dos encontros diretos, já foram reportados ao Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (CENIPA) mais de 2,5 mil casos de avistamento de balões próximos a aeródromos e rotas de aeronaves no Brasil.

“Na melhor das hipóteses, o voo vai atrasar, o tráfego vai ter de ser reorganizado e vai ter prejuízo para os passageiros e profissionais envolvidos”, disse o Coronel Heleno em matéria publicada no site FAB, citando um acidente que aconteceu em 2011 (momento retratado na foto principal dessa matéria), quando um Airbus A319 bateu em um banner de um balão, saindo do Aeropoto Santos Dumont, no Rio de Janeiro.

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De acordo com dados da Secretaria de Estado de Polícia Militar do Rio de Janeiro, o Comando de Policiamento Ambiental da Polícia Militar (CPAm), desde o início do ano até a última quinta-feira (23/07), houve a apreensão 142 balões em todo o Estado do Rio.

Somente, no último domingo (19/07), o (CPAm) apreendeu 51 balões, 59 bocas de balões, 11 botijões de gás, sete bandeiras, 10 adereços e 25 kg de explosivos em um evento irregular que aconteceu no bairro Cachoeira Grande, no município de Magé.

No início de julho, uma denúncia levou a polícia a apreender 74 balões em Pilares.  Em 27 deste mês de julho, mais uma denúncia resultou na apreensão de diversos materiais para fabricação de balões.

Segundo dados da Linha Verde, campanha do Disque Denúncia para crimes ambientais, em 2020 já ocorreram 7.090 denúncias sobre crimes dessa modalidade, 73 denúncias sobre balões.

“Infelizmente, quando a gente vê uma área de mata pegando fogo no Rio de Janeiro, na maioria das vezes, a causa foi um balão que caiu lá. Em épocas mais secas, a situação fica ainda mais grave”, frisa o ambientalista Marcelo Souza.

Neste ano de 2020, no mês de junho, um balão caiu no Morro da Serrinha, Zona Norte da cidade, e causou um incêndio de grandes prporções em uma área de mata e também próximo às casas.

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Foto: Reprodução/Redes sociais


Os bairros com mais denúncias no Rio sobre balões são Guaratiba (11), Jacarepaguá (6) e Realengo (6), Santa Cruz (4) e Taquara (4). Já os municípios têm a seguinte lista: Rio de Janeiro (56), São Gonçalo (6), Itaboraí e Niterói.

Em todo o ano de 2019, no Rio de Janeiro, foram 12 mil denúncias sobre crimes ambientais (145 denúncias sobre balões). No mesmo período do ano passado (01.01.19 à 23.07.2019), o Linha Verde havia recebido 99 denúncias sobre balões.

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1 COMENTÁRIO

  1. […] Mais recentemente, em julho deste ano, um balão de 18 metros também caiu no Aeroporto do Galeão, na Ilha do Governador, Zona Norte. Segundo as polícias Civil e Federal, um acidente aéreo de proporções imensuráveis poderia ter acontecido. Inclusive, houve troca de tiros no local com criminosos que tentaram invadir o terminal para pegá-lo. Vale lembrar que, segundo dados da Secretaria de Polícia Militar do Rio de Janeiro, o Comando de Policiamento Ambiental da Polícia Militar (CPAm), desde o início do ano até julho, 142 balões haviam sido apreendidos em todo o estado. […]

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