Banco Cédula pode ser comprado por Henrique Blecher, empresário do ramo imobiliário

Instituição estaria sendo negociada por R$ 60 milhões e teria a sua licença bancária usada para a estruturação de negócios voltados para o mercado imobiliário

Advertisement
Receba notícias no WhatsApp
Henrique Blecher em entrevista ao Diário do Rio | Foto: Rafa Pereira / Diário do Rio

O tradicional Banco Cédula, que já funcionou como uma grande financeira na época do boom das lojas de empréstimos e durante décadas atuou emprestando dinheiro à empresas conhecidas tomando seus imóveis como garantia, pode estar prestes a ser vendido. A informação ainda não está confirmada, mas o mercado aponta que o ex-CEO de Bait e Gafisa, Henrique Blecher, estaria negociando a aquisição do banco, que tem sede na rua Gonçalves Dias, próximo à Confeitaria Colombo.

O banco foi fundado, em 1960, por Michael Stivelman, um sobrevivente do Holocausto que começou a vida como joalheiro no país. Através de seu braço imobiliário, o Cédula participou de conhecidas transações no ramo, como a venda dos imóveis da Rua da Carioca ao Opportunity – a instituição que era dona das casas devia-lhe por um empréstimo – e a venda da Casa Julieta de Serpa, no Flamengo, cujo antigo jardim dava para outra rua e virou um grande empreendimento imobiliário. A instituição se fez conhecida no comércio como tendo pouca burocracia para fazer empréstimos a empresários.

Segundo o jornal O Globo, Henrique Blecher estaria em negociação com a família do fundador do Cédula, o qual deve ser usado por Blecher como uma instituição “casca”, aproveitando a sua licença bancária para a estruturação de ações voltadas para o mercado imobiliário.  É sabido que a obtenção de licença (carta patente) do Banco Central para abrir um novo banco é algo demorado é difícil, levando mais de três anos para concretizar-se, normalmente. Por isso, os bancos pequenos são tão cortejados, e o Cédula teve sua atuação reduzida nos últimos anos, talvez face à idade de seu fundador e principal executivo.

O veículo teria procurado o empresário, que não confirmou as informações que circulam no mercado. Franklin Pereira e Lúcio Botelho, diretores do banco, também foram procurados pelo jornal, mas não foram encontrados. É natural que transações como esta sejam sigilosas, segundo especialistas.

Advertisement

De acordo com o Banco Central, o Cédula conta com R$ 118 milhões em ativos totais, R$ 92,8 milhões em passivo circulante, além de um patrimônio de R$ 25 milhões. Ainda de acordo com o BC, a instituição teria registrado um prejuízo de R$ 928 mil, no primeiro semestre de 2023.

Em 2022, uma ordem de despejo contra o tradicional restaurante La Fiorentina, com sede na Avenida Atlântica, colocou novamente o Cédula em evidência, pois o imóvel ocupado pelo restaurante havia sido dado em garantia em um contrato de empréstimo não pago e anteriormente firmado com a instituição bancária. O imóvel foi leiloado.

Com Informações: O Globo

Advertisement
Receba notícias no WhatsApp
entrar grupo whatsapp Banco Cédula pode ser comprado por Henrique Blecher, empresário do ramo imobiliário
Advertisement

Comente

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui