Breve história de Campo Grande, o maior bairro do Rio de Janeiro

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Campo Grande é o bairro mais extenso e que tem o maior contingente populacional da cidade do Rio de Janeiro. Para chegar a abrigar tanta gente, a região passou por muitas mudanças e histórias. Antes da fundação da cidade, a região de Campo Grande era habitada por índios da tribo Picinguaba. Após 1565, esse território passou a pertencer à grande Sesmaria de Irajá.

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Em 1673, toda a área que hoje corresponde a Campo Grande foi desligada da Sesmaria de Irajá e doada pelo governo colonial a Barcelos Domingos. Ainda em 1673, foi criada a Paróquia de Nossa Senhora do Desterro, marco da ocupação territorial da região”, conta o historiador Maurício Santos.

Igreja da Nossa Senhora do Desterro
Igreja da Nossa Senhora do Desterro

Como em boa parte da cidade do Rio de Janeiro nessa época, em Campo Grande era cultivada cana-de-açúcar, além da criação de gado bovino. A influência dos jesuítas, muito presentes na região onde hoje fica Santa Cruz, também foi forte em Campo Grande.

Embora tenha havido um grande esforço dos jesuítas para urbanizar a região, Campo Grande passou séculos limitado a um espaço rural. Somente no final do século XVIII, a Freguesia de Campo Grande, como a área era conhecida na época, começou a prosperar.

O crescimento urbano, como em quase toda a cidade do Rio de Janeiro, se deu em volta da religião e da água. Explica-se: a região de Campo Grande se desenvolveu nos entornos da Igreja de Nossa Senhora do Desterro e do poço que a Paróquia possuía.

Mesmo com o relativo crescimento, Campo Grande manteve um caráter rural. A partir da segunda metade do século XIX, a região viu a implantação de uma estação da Estrada de Ferro D. Pedro II, em 1878. O transporte ferroviário facilitou o acesso e o povoamento da área, o que ajudou a urbanizar mais intensamente uma parte do bairro.

No ano 1915, os bondes de tração animal deram lugar aos elétricos. Isso possibilitou ainda mais a integração da região com outras áreas mais urbanizadas. Essa troca colaborou com a formação de um forte comércio interno em Campo Grande, que prevalece até hoje em dia.

Como o cultivo da laranja marcou a ocupação de Campo Grande no século XX, obras de arte com referência à fruta foram estrategicamente instaladas nas esquinas do bairro.
Como o cultivo da laranja marcou a ocupação de Campo Grande no século XX, obras de arte com referência à fruta foram estrategicamente instaladas nas esquinas do bairro.

Sem nunca perder a vocação para a agricultura e sendo de extrema importância para o país em um momento econômico mundial complicado, por conta da Segunda Grande Guerra, Campo Grande foi considerada uma grande região produtora de laranjas, o que lhe rendeu o apelido “Citrolândia”.

A grandiosa industrialização de regiões próximas como Bangu, por exemplo, surtiram algumas mudanças em Campo Grande. Algumas empresas se instalaram no bairro após essa onda industrial. Outro ponto histórico que marca o bairro é a presença de cristãos reformados, que deixaram a sua marca no bairro construindo muitas igrejas protestantes.

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Campo Grande sempre se desenvolveu mais individualmente, em relação ao restante da cidade. Por esse e outros motivos, em 1968, Francisco Negrão de Lima, então governador do estado da Guanabara, promulgou uma lei que reconhecia Campo Grande como cidade, não como bairro”, destaca Maurício Santos.

Entretanto, Campo Grande é tido como um bairro do Rio de Janeiro. Um bairro com muita história e importância para nós, cariocas.

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13 COMENTÁRIOS

  1. Muita saudade do meu bairro, minha família tem pelo menos 200 anos d história nesse lugar, só q eu sei.
    Voltei pra reler os comentário,
    Deus abençoe meu Rio de Janeiro ??

  2. Sergio Duarte. Com o progresso de Campo Grande, devido principalmente à estação ferroviária, Guaratiba tornou-se ainda mais longínquo e esquecida. Guaratiba teve um importante papel no avanço da agricultura até os anos 50 e hoje muito território que a freguesia de Guaratiba detinha, usam esse território como sendo de Campo Grande ou Região da Barra da Tijuca. Guaratiba começa num bairro esquecido chamado Sepetibinha (Nova Guaratiba) Cantagalo, daí até Vargem Grande, pontal e grumarim.

  3. Sempre que posso visito Cpo Grde. Fui
    criado nesse bairro e nele morei ate completar25 anos Em CpoGrde, estudei e morei bastante tempo. Vi muita coisa surgir no bairro, ate a Casa da Banha, por exemplo, a Silbene, o primeiro onibus monobloco da viacao PEGASUS, etc..

    • Nasci nesse bairro. Minha cidade maravilhosa. Hj vejo cm tristeza a favelisação q tomou conta do bairro, tantas invasões d terras, sítios e chácaras, tanta destruição por uma onda d migrantes q invadiram Campo Grande na década d 90, apartir d 1996 essa onda devastou tudo, um bairro q tinha aproximadamente 100 mil habitantes passou a ter 200 mil em 4 anos e explodiu cm favelinhas e hj tem mais d 300 mil habitantes, traficantes , milícias, bandidagem passou a dominar tudo. A destruicao continua, estão invadindo áreas d preservação ambiental, acabando cm tudo, mas o governo vê isso como eleitores pra próxima campanha. Lamentável.

  4. Parabéns pela matéria!! Lindo o filme do bonde!!! Também sou nascido e criado em CG. Meus avós maternos vieram para CG em 1955 + -. Sempre falaram das parreiras de chuchu na estrada da Posse e dos laranjais. Histórias lindas de CG. Amo este lugar!!!

  5. Muito obrigada a quem divulgou o filme com o bonde em Campo Grande. Ele me trouxe boas lembranças. Hoje estou co 62 anos, fui criada na Comari, o bondinho era o nosso transporte para irmos ao centro de Campo Grande e também à praia da Pedra de Guaratiba !

    • Eu nunca entendi muito bem as demarcações de Guaratiba, como por exemplo: Monteiro, Largo do correia, Magarça e Mato alto fazem parte de Campo Grande, assim como o Park Shopping Campo Grande, que fica em Guaratiba.

  6. Lugar maravilhoso. Nascida e criada em CG com muitos amigos e famílias queridas sempre por perto. Difícil trocar por qualquer outro bairro do RJ. Todos os meus familiares maternos são daqui e têm mtas histórias lindas desse lugar.

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