Na manhã desta sexta-feira, 13/01, parte do Canal de Marapendi, na Barra da Tijuca, estava tomado de peixes mortos. As imagens, recebidas pelo DIÁRIO DO RIO, deflagram a gravidade da situação.
“As sucessivas mortandade de peixes nas lagoas da Barra da Tijuca e Jacarepaguá ocorrem pela ausência de tratamento de esgotos sanitários que é antigo passivo ambiental em nossa cidade. A mudança da gestão da CEDAE entre 2021 e 2022, para uma concessionária privada, até o momento, não representou uma efetiva Responsabilidade Social e Ambiental. As tarifas bastante caras de um serviço essencial à saúde coletiva, como a coleta e tratamento de esgotos, estão sendo pagas pelos cariocas, no entanto os investimentos prometidos pela iniciativa privada estão num ritmo muito lento, muito aquém do que é necessário, ressalta o ecologista Sérgio Ricardo Potiguara, cofundador do Movimento Baía Viva.
Sérgio Ricardo ainda afirma que “em 2019, foi firmado um TAC (Termo de Ajustamento de Conduta) entre a CEDAE e o Ministério Público Estadual para retomada das obras de saneamento básico que estavam paralisadas desde a decretação da ‘falência financeira’ do Estado do Rio de Janeiro logo após a Olimpíada de 2016. Até hoje há um imbróglio jurídico no qual a nova concessionária privada de fato não assumiu este comportamento firmado no TAC que prévia metas de investimentos para expansão deste serviço de interesse público. A economia do Rio tem perdido muito com a poluição das lagoas, praias e das nossas baías de Guanabara e de Sepetiba. A saúde coletiva, o lazer e as economias da pesca e do turismo também têm sido bastante prejudicadas”.