O Rio de Janeiro tem assistido a um cenário de filas, superlotação, pessoas esperando desde a madrugada e até mesmo disputas chegando às vias de fato. Os mais desavisados poderiam pensar que estamos descrevendo a batalha para conseguir um ingresso para o show de um ídolo da música ou então a luta para comprar o primeiro produto de uma nova linha tecnológica.
Contudo, se trata de corrida, invasão e queda de braço dentro das filiais de uma rede de supermercados carioca que está praticando bons descontos sob a justificativa de comemorar seu aniversário.
Não tenho dúvidas de que a superlotação e a correria nas lojas por conta da busca pelos preços baixos é mais um enorme exemplo de que a inflação no governo Dilma é grande, sendo mais alta na realidade do que dizem os números oficiais e tendo ainda mais efeito no Rio de Janeiro, cidade onde o custo de vida sobe a cada mês, atingindo níveis absurdos em diversos bairros.
As pessoas estão se enfrentando para comprar barato porque, sem os descontos, está tudo muito caro. Se os preços do cotidiano estivessem acessíveis, a briga não seria tanta. Mas é compreensível que os cariocas queiram se livrar de pagar 6,99 reais por um copo de requeijão e aceitem até se sacrificar para conseguir economizar no feijão, na carne e no leite.
Talvez por essas, e por outras, no primeiro turno da eleição presidencial, Marina e Aécio tenham somado 62% dos votos enquanto Dilma atingiu apenas 29%.