Carnaval 2015 – Segunda de alegria e plasticidade na Sapucaí

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Águia da Portela por luizzinhocosta
O segundo dia de desfiles teve muito menos chuva, ocorrendo apenas chuvisco em períodos curtos. Talvez por isso, o público esteve mais empolgado e a Sapucaí viveu uma noite mais alegre e com mais beleza plástica nas apresentações. A Portela, a Beija-Flor, a Imperatriz e a Unidos da Tijuca se destacaram, tendo a primeira feito um desfile mais empolgante, surpreendente e apoiado pelo público e as demais uma apresentação mais técnica, luxuosa e fugindo de erros. A União da Ilha teve altos e baixos, com alguns problemas. A São Clemente fez um bom desfile dentro de suas limitações e parece ter sacramentado o retorno da Viradouro ao Grupo A.

Abaixo uma análise mais detalhada de cada desfile:

São Clemente

São Clemente

A Escola fez um desfile muito alegre e animado, com os integrantes cantando o samba com garra. A carnavalesca Rosa Magalhães trouxe elegância para a agremiação, mesmo com as limitações financeiras. A apresentação de bom nível da São Clemente deve evitar sustos com relação ao rebaixamento e, com isso, aumentar as chances de queda da Viradouro.

Portela

Portela

Como no ano passado, a Portela abriu o desfile com surpresas que animaram o público. A águia comandada por controle remoto voltou ainda maior e paraquedistas pousaram na Sapucaí anunciando a Escola. Assim, a apresentação começou forte, com alegria que contagiou as arquibancadas, belas fantasias e alegorias, criatividade e um bom samba, de fácil memorização do refrão. Depois, veio a difícil missão de manter o clima quente e a qualidade ao longo do desfile. O movimento articulado da águia redentora e o samba ajudaram na manutenção da euforia, mas as alegorias seguintes não mantiveram o mesmo nível visual e sofreram alguns problemas. A agremiação pode perder ainda alguns pontos por ter acelerado o passo e tido um buraco aberto à frente da bateria no final do desfile, mas sem dúvida está entre as campeãs e pode chegar ao título.

Beija-Flor

Beija-Flor por Luana Maria

A agremiação de Nilópolis fez um desfile muito correto, técnico e bonito visualmente, sem erros, mas um pouco morno, não levantando o público como em outras ocasiões. A polêmica em torno do enredo patrocinado por uma ditadura africana pode influenciar de alguma forma. O gigantismo da Escola fez com que ela tivesse uma apresentação acelerada para poder estar dentro do limite de tempo e um carro alegórico teve muita dificuldade para deixar o setor de dispersão. Tem boas chances de título e parece garantida entre as campeãs.

União da Ilha

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Mais uma vez a Escola insulana pisa na Passarela do Samba de forma irreverente, fazendo sorrir quem assistia e animando o público em alguns momentos. Além disso, com um enredo falando sobre beleza, a União da Ilha chamou a atenção pelas belas mulheres que trouxe à Avenida. A agremiação reduziu a velocidade do desfile pois um carro alegórico sofreu atrasos na concentração e depois teve que correr. Esta alegoria veio sem a presença de um dos destaques, o que deve tirar pontos. As fantasias e alegorias eram mais simples que as das concorrentes. Pode não estar entre as campeãs, mas não corre risco de rebaixamento.

Imperatriz

Imperatriz por Fabrício Augusto Souza Gomes

A Imperatriz fez um desfile luxuoso, com beleza plástica e alas bem organizadas e compactas. Uma apresentação correta, com um bom samba e com enredo bem desenvolvido, mas que não empolgou muito. Um carro sofreu princípio de incêndio mas o problema não evoluiu além disso. A Imperatriz corre por fora pelo título e tem boas chances de estar entre as campeãs.

Unidos da Tijuca

Unidos da Tijuca - Alex Neoral

A Escola do Borel tentou superar a perda de Paulo Barros e manter o título em suas mãos. Ela trouxe um enredo sobre a Suíça e as lendas do país e o mesclou com a vida e o olhar de Clovis Bornay, configurando tema teoricamente complexo para desenvolvimento na Avenida. De fato o desfile foi confuso em alguns poucos momentos, mas belas fantasias e alegorias compensaram e geraram encantamento. Alguns elementos da era Paulo Barros se mantiveram e mostram um aprendizado permanente e uma identidade da agremiação. O samba não tem uma letra ótima, mas a bateria foi muito bem e ajudou a empolgar. A Unidos da Tijuca deve estar entre as campeãs e pode até mesmo levar o bicampeonato consecutivo.

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