A Prefeitura de Maricá e a Companhia de Desenvolvimento de Maricá (Codemar) realizam nesta terça-feira (13/07) a cerimônia de assinatura de aquisição da casa que pertenceu à cantora Maysa Matarazzo, uma das maiores artistas da música brasileira, falecida em um acidente de carro na ponte Rio-Niterói, em 22 de Janeiro de 1977.
A residência, localizada na Praia de Cordeirinho, será transformada em um Museu Casa. A solenidade contará com a presença do prefeito Fabiano Horta, do presidente da Codemar, Olavo Noleto, do Secretário de Cultura, Sady Bianchin e do diretor de cinema e filho da cantora, Jayme Monjardim.
Entre os objetos que comporão o acervo estão as centenas de cartas manuscritas que falam desde amor a desabafos, letras de músicas escritas em guardanapo, fotos, pinturas, músicas que não foram gravadas, pintura de quadros, publicações de jornais da época, entre outros objetos.
Jayme Monjardim classificou a ação como a realização de um sonho em poder transformar o imóvel em um Museu Casa.
“Para mim, é um momento muito importante e vai ser um momento muito importante para quem gosta da Maysa, vive a Maysa e para quem é fã da Maysa. Acho que esse vai ser um espaço que não é só dela, mas da música brasileira. É um espaço que a gente vai ter as sensações de estar ao lado de Maysa. É a realização de um sonho”, afirmou Monjardim.
O Museu Casa Maysa, assim como a casa Beth Carvalho – cuja assinatura da aquisição do imóvel ocorreu no mês passado – e a Casa Darcy Ribeiro, compõe o circuito de museus do projeto Caminho das Artes.
“Uma das coisas mais importantes é essa iniciativa de Maricá de criar o circuito cultural, que para mim é uma das coisas mais importantes que Maricá está fazendo. São poucas as pessoas que têm essas iniciativas e essa preocupação com a cultura do Brasil e com a memória brasileira. É um momento muito importante compartilhar com a Prefeitura e com Maricá desse circuito cultural e incluir a casa da Maysa. Para mim, é muito importante essa atitude”, disse o diretor de cinema.
Para o presidente da Codemar, Olavo Noleto, a compra da casa Maysa é um grande passo para fortalecer o projeto Caminho das Artes. “Quando estiver pronto, o Museu Casa Maysa vai ser um grande destino turístico do Rio de Janeiro. Junto com as casas Beth Carvalho, Darcy Ribeiro, Museu do Futebol João Saldanha, Cine Henfil e outros aparelhos culturais e turísticos que nós teremos em Maricá, elevará a cidade para um outro patamar turístico no Brasil e no mundo”, comentou.
A casa Maysa foi construída em estilo grego e projetada pelo cenógrafo Gianni Rato, que a dividiu em três planos: plano da realidade e do território; o plano da memória e o plano do sonho.
De acordo com o secretário de cultura, Sady Bianchin, o espaço vai ser o legado do talento que foi a Maysa.
“Ela foi uma pessoa responsável por revitalizar a MPB e, além do mais, foi uma cantora de personalidade e atitude. Isso, enquanto secretário de cultura, me deixa muito feliz e é um enorme prazer porque a secretaria tem como prioridade a pluralidade, a questão humanística e, principalmente, a questão da diversidade cultural. A Maysa é um simbólico de representação desses valores sociais da nossa música”, concluiu.