Cercada por jardins e com piso preto de pedras portuguesas, a simpática Praça Procurador-Geral Eduardo Seabra Fagundes, no Centro, que até bem pouco tempo servia de refúgio para quem queria um descansar um pouco da correria da região, apresenta sinais de falta de manutenção e depredações.
O logradouro está localizado na esquina das ruas Primeiro de Março e Assembleia – um dos pontos de maior movimento da região central carioca. Nas imagens enviadas ao DIÁRIO DO RIO é possível que o calçamento da praça conta com vários buracos e pedras soltas.
A iluminação instalada no chão, que conferia um efeito muito bonito ao final da tarde e à noite, apresenta problemas, deixando as pessoas inseguras ao passar pelo local, por conta de trechos sem luz.
A Praça procurador Eduardo Seabra Fagundes fica nas proximidades do Convento do Carmo, que, recentemente, teve toda a sua iluminação depredada. Todos os seus spots e holofotes de iluminação foram furtados por moradores de rua e usuário e crack, que há tempos vêm aterrorizando pedestres e trabalhadores que passam pela Praça XV, além de depredaram inclementemente o patrimônio da região, que a tanto custo foi revitalizado pela Prefeitura do Rio de Janeiro.
No dia 5 de janeiro deste ano, o jornal publicou uma reportagem falando sobre a destruição patrimonial e memorial da Praça XV. Entre os alvos de depredação e furto estava o histórico Convento do Carmo, revitalizado e reinaugurado em março de 2023, após o investimento R$ 30 milhões da Procuradoria Geral do Estado (PGE).
O local, que foi residência de D. Maria I, rainha de Portugal, depois que a corte portuguesa mudou-se para o Brasil, em 1808, teve a sua iluminação externa cênica destruída pelo furto de peças de metal e luminárias, além de grades para ser vendido a peso a ferros velhos que atuam ilegalmente na região do Centro. Todos os holofotes de luz modernos que haviam sido enterrados com todo o cuidado em meio ao calçamento de granito histórico que fica na frente do Convento foram arrancados, um a um, segundo a matéria.
A estátua do General Osório, também recém-restaurada, também teve toda a sua iluminação vandalizada. Diversas inscrições em bronze afixadas no mármore da estátua foram retiradas pelos ladrões para serem receptadas por comerciantes de metais em estabelecimentos ilegais. Até mesmo o gradil que circundava o monumento e pesava cerca de 80 foi furtado pelos moradores de rua e usuários de crack, assim como a espada do militar.
A matéria destaca que a região passava, na ocasião, por uma significativa redução da mancha criminal, apresentando ótimos índices de segurança. O grande problema na época, como agora, é quando a polícia sai de cena, deixando o que há demais valioso para a memória da cidade à mercê de criminosos, que não respeitam o patrimônio do Rio de Janeiro, e o dinheiro público do contribuinte.