A Secretaria Municipal de Conservação devolveu aos cariocas mais um elemento da paisagem da cidade: o chafariz Dança das Águas, também conhecido como Chafariz das Ninfas, instalado em frente ao Centro Administrativo São Sebastião, na Cidade Nova. Há mais de quatro anos sem funcionar, o monumento foi restaurado pela equipe da Gerência de Monumentos e Chafarizes e religado nesta quinta, 24 de fevereiro.
Para o restauro completo do chafariz Dança das Águas, foi preciso refazer o comando elétrico, instalar uma bomba e pedir uma nova ligação de energia junto à Light. Também foram executados os serviços de limpeza, pintura e impermeabilização do lago, bem como limpeza do bronze, com aplicação de resina para dar brilho e proteção, e reposição do gradil que cerca o monumento. Seu funcionamento vai seguir a programação dos demais chafarizes da cidade: ligado três vezes ao dia, das 8h às 10h, das 12h às 14h e das 16h às 18h.
Para a secretária de Conservação, Anna Laura Valente Secco, zelar por monumentos e chafarizes é ajudar a manter viva a história da cidade. “Desde o ano passado, já recuperamos chafarizes importantes como os do Largo do Machado, da Praça General Tibúrcio, na Urca, da Praça Edmundo Bittencourt, no Bairro Peixoto, e da Praça Saens Peña, na Tijuca”, conta. “Esses monumentos fazem parte da paisagem carioca e da vida da população, servem como um respiro em meio à correria do dia a dia”, acrescenta ela.
Sobre o chafariz Dança das Águas
Inspirado na Grécia antiga, o chafariz Dança das Águas é feito em concreto e tem três figuras femininas em bronze, representando Oceania, Nereida e Náiade, ninfas que simbolizam, respectivamente, as águas do oceano, dos mares e as águas doces. O monumento, criado pelo escultor Remo Bernucci, foi inaugurado na Glória, em 1964, e transferido para a Cidade Nova em 2002.
Cada uma das figuras femininas em bronze mede três metros de altura. Antes de ser encomendada pelo governo para adornar o espaço público, a escultura de Bernucci foi premiada no Salão de Belas Artes de 1965.