A morte de Henry Borel chocou a todos, por se tratar de uma criança indefesa e pela frieza com que seu suposto assassino (padrasto da vítima) e sua cúmplice (mãe do garoto) agiram, até serem desmascarados pela polícia.
Uma aula de dissimulação e impostura digna de uma mente psicopata. O Rio e o Brasil inteiro acompanharam o caso com justificada indignação.
A polícia prendeu o casal por suspeita de homicídio duplamente qualificado – com emprego de tortura e sem chance de defesa para a vítima –, por atrapalhar as investigações e por ameaçar testemunhas para combinar versões. Inquérito criminal foi aberto na Justiça. O casal é réu e aguarda julgamento.
O acusado de assassinato, conhecido como “Dr. Jairinho”, exercia o mandato de vereador em nossa cidade. Em 8 de março, ainda no hospital, já com o pequeno Henry morto, tentava safar-se da acusação do crime hediondo, repetindo, para médicos e até para o pai da criança, Leniel Borel: “vamos virar essa página”.
Pois bem. A Câmara Municipal, nesta quarta-feira, dia 30 de junho, em decisão histórica e por unanimidade dos vereadores presentes (49 x 0 votos), “virou a página” de ter em sua bancada uma pessoa que desonrou o mandato que recebeu da população.
Condenação criminal não é da alçada dos vereadores, mas retirá-lo do Parlamento era, e assim foi feito. Por abuso de poder, tráfico de influência, mentira no inquérito policial. Com a urgência que o caso requeria, garantindo o direito de defesa, em dois meses e quatro dias desde a prisão provisória do então parlamentar.
Que a postura da nossa Câmara Municipal sirva de exemplo para a Câmara dos Deputados, que mantém em seus quadros, votando e até preparando candidatura para 2022, a deputada Flordelis, igualmente ré por crime de morte, perpetrado há dois anos.
O ex-vereador Jairo Jr, que a Defesa apontou como “doce, gentil, delicado e bom colega” era um político tradicional, da cepa fisiológica: foi líder tanto do prefeito Eduardo Paes quanto de Crivella, estava sempre bem com o poder da hora, conseguia “obras” e empregos na máquina, a ponto de colocar sua então namorada, a mãe de Henry (hoje presa) com um cargo de R$ 15 mil no Tribunal de Contas do Município.
É assim que a banda do “toma lá dá cá” – como a do Centrão corrupto, em Brasília, que sustenta o governo Bolsonaro – toca. Basta acompanhar as denúncias que têm surgido na CPI da Pandemia envolvendo parlamentares e seus apaniguados do ministério da Saúde.
A Câmara Municipal carioca, ao cassar um mandato pela primeira vez em seus 44 anos de existência, mostrou que está zelosa com a ética e o decoro que se impõe ao agente público. Reiteramos nosso compromisso de transparência, dignidade e honestidade na função. Isso vale para todos nós, que lá estamos, e também para o suplente de Jairo Jr, que alguns suspeitam de ter “ligações perigosas”…
O advogado Berilo Martins, na defesa de Jairo Jr, citou o psiquiatra suíço Carl Jung (1875-1961), talvez por saber que seu cliente também tem uma cabeça doentia: “Pensar é difícil, por isso algumas pessoas preferem julgar” – escreveu. Respondi, na tribuna, com o mesmo Jung, em frase muito mais apropriada ao caso encerrado: “ONDE ACABA O AMOR TEM INÍCIO O PODER, A VIOLÊNCIA E O TERROR”.
Valeu, grande Chico. E pensar que podíamos tê-lo como senador do Rio no lugar filho do presidente que comprou mansão após as negociatas com a vacina…
PS,
Em falar em tomaladeca,como teu filho está se saindo no emprego?Paes acertou na escolha ou não?
Cinismo e hipocrisia a gente vê por aí!!!Kkkk
Nem li …mas grannnnndes merdas,né bocó?Ainda enche a boca,como se não fosse OBRIGAÇÃO MORAL,chutar esse vagabundo!!!Agora falta tirar vários calhordas,q ainda tem lá!!!Qto cinismo ,né?