Na vida, é preciso ter lado. E, em certas situações, tomar partido, mesmo sem ser filiado a partido político.
Estou com Lula, pelo que ele representa nesta eleição. Ela é a mais importante do país desde o fim da ditadura, quando a redemocratização nos devolveu o direito de votar para presidente.
O que está em jogo é bem claro. De um lado, civilização; de outro, a barbárie.
De um lado, o apoio à ciência e à vacina; de outro, o negacionismo e a falta de compaixão com as perdas de entes queridos pela Covid.
De um lado, esperança de dias melhores e comida no prato dos brasileiros; de outro, 33 milhões de brasileiros passando fome.
De um lado, o reajuste do salário-mínimo acima da inflação; de outro, a desindexação.
De um lado, apoio à educação, com mais verbas para o ensino; de outro, o incentivo ao armamentismo.
De um lado, o apreço à liberdade e à diversidade; de outro, a intolerância para com os “diferentes”.
Poderia continuar aqui explicitando as marcantes distinções entre o que representam as candidaturas. Mas o(a) leitor(a) tem sensibilidade e sabe bem do que se trata.
Eu tenho estado nas ruas e percebo as claras discrepâncias entre as posturas dos apoiadores de cada candidato.
Os adeptos e correligionários do capitão protofascista procuram, a todo custo, encontrar motivos para tentar tumultuar as eleições, sem sucesso.
Vislumbrando possível derrota, essa gente degenerada faz de tudo para “melar” as eleições.
No desespero, produziram atos insanos.
Roberto Jefferson, com seus tiros de fuzil e granadas, revelou a face mais perversa do bolsonarismo e do armamentismo – deu tiros no pé da campanha do seu aliado.
A denúncia da campanha bolsonarista sobre supostas manipulações das inserções em rádio, que o Zero Um anunciou como “nova facada”, não tem sustentação e não colou;
O assédio eleitoral dos maus empresários, que cresceu 5 vezes em relação a 2018, está sendo combatido. A Justiça Eleitoral determinou que qualquer trabalhador(a) que seja pressionado deve denunciar e, comprovado o assédio, será indenizado pelo patrão em R$ 10 mil.
Enquanto isso, seguimos firmes e serenos, colorindo as ruas do país, argumentando, “esperançando”, mostrando que há caminhos de democracia, justiça e paz para esse país. “Vejo uma trilha clara pro meu Brasil, apesar da dor” (Caetano Veloso).
Continuemos. Falta pouco para a Terra voltar a ser redonda e o país respirar ares menos tóxicos.
Escolha aquele que tem o caráter mais parecido com o seu! A solução é simples. Não precisamos de metáforas de que amanhã será um lindo dia ou de que o ar se tornará menos tóxico. Se o mundo a nossa volta fosse todo colorido para ser a solução dos problemas, era só pintarmos murais nas ruas e todos problemas acabariam. A história mostra que, por séculos, o mundo cresceu, evoluiu e prosperou em branco e preto. O símbolo não faz o homem, o que o homem faz com o símbolo é que impacta tudo a sua volta.