O capítulo final de “Pantanal” vale por si só. Combinou festa e dor, alegria e luto. Mostrou, pela qualidade de autores, direção, equipe técnica de filmagem e atores, que a vida é composta por perdas e ganhos. Tecida em euforias e tristezas.

A morte do patriarca generoso e descuidado de si evoca todos os amig@s que “partiram fora do combinado”. A canção de Almir Sater e Renato Teixeira nos lembra “que o tempo passa veloz como um trem/ no rádio a notícia, um amigo se foi/ atrás dos mistérios que sempre buscou”.

Mas “Assim os dias passarão” avisa também que virão as novas gerações, “outras perguntas, prováveis canções/ outro mundo, outra gente, outras dimensões/ E na hora marcada, em algum lugar/ uma estrela virá pra lhe acompanhar”. De chorar.

Nas crianças que chegam, filhos, netas, e que manterão a chama do bom, do belo e do justo, está a garantia de que a morte não terá a última palavra. Haveremos, inclusive, de afastar um pedaço dela já no dia 30.

O Brasil, de tão rica arte e cultura (hoje é o Dia do Nordestino, em comemoração ao nascimento de Patativa de Assaré – 8/10/2009 #nordestesoamor) não permanecerá sufocado pela insensibilidade, pelo negacionismo, pela doença, pela fome, pelo ódio.

Fiquemos encantados, como o “Velho do Rio” e Zé Leôncio: há uma mesa farta, digna, possível e necessária, melhor repartida. Em torno da qual tod@s se reunirão, sem preconceitos e discriminações, celebrando a vida, mergulhando em águas límpidas, fonte de vida.

Menos pântano perverso e sombrio, mais Pantanal Brasil preservado, iluminado! “Os filhos dos filhos dos nossos filhos verão!”.

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