Desde domingo, após reportagem veiculada no programa Fantástico, da TV Globo, a Câmara de Vereadores do Rio de Janeiro está no centro das discussões éticas e políticas da cidade.
Seria ótimo que o motivo da reportagem da TV Globo fosse algo que dissesse respeito ao trabalho intrínseco do parlamentar do município, que é zelar pela cidade, lutar pela melhoria da qualidade de vida dos moradores da cidade, ampliar os espaços de cidadania e participação popular nas decisões do dia a dia.
Infelizmente, as razões não são tão nobres. Ao contrário, elas causam indignação e geram descrédito na política.
Estou falando das denúncias contra o vereador Gabriel Monteiro. Elas são graves e envolvem suspeitas de: (1) assédio sexual, (2) estupro, (3) assédio moral, (4) manipulação de vulnerável (violação da dignidade da criança), (5) agressão a funcionários e/ou empregados, (6) desvio de função de servidores, que estariam sendo remunerados por dinheiro público para trabalhar na empresa privada do vereador, (7) armações cênicas com recursos púbicos para montar situações fictícias usando incautos e para autopromoção, (8) divulgação de conteúdo íntimo sem consentimento da parte (sex-tape).
O Conselho de Ética da Câmara de Vereadores é a instância que analisa e dá parecer, nesses casos, sobre se houve ou não quebra do decoro parlamentar. A decisão final é votada em plenário pelo conjunto dos parlamentares.
Sou um dos membros titulares do Conselho de Ética. Em reunião no dia 29, o colegiado, por 5 votos a 2, decidiu buscar dados com o Ministério Público e a Delegacia da Mulher (DEAM) sobre as graves denúncias. Eu e a vereadora Teresa Bergher propusemos uma Representação imediata, a ser aberta em 48h. Mas a maioria dos integrantes do Conselho preferiu não tomar qualquer medida, por enquanto. A decisão ficou para a próxima terça-feira, 5 de abril.
Vale ressaltar que a Representação não é uma condenação prévia, mas rito fundamental para investigar parlamentares contra os quais pesam suspeitas e denúncias de quebra de decoro.
Entendo, também, que é preciso coibir que detentor de mandato público ganhe dinheiro com redes virtuais monetizadas que publiquem atividades inerentes à sua condição de agente público.
O legislativo municipal precisa fazer a sua parte e dar uma resposta à sociedade. É o nosso dever. Para isso fomos eleitos.
Este é um artigo de Opinião e não reflete, necessariamente, a opinião do DIÁRIO DO RIO.
Representante do povo , tem que lutar pelo os interesses do povo, que não tem tem voz. E que tá faltando. e só um levantar a bandeira, que toma uma pernada.
Sr. Chico Alencar, vá lavar uma louça, procurar saber onde fica o subúrbio… O cara, fiscalizando hospitais e UPAS para checar se os médicos iam trabalhar ou não… fez mais pelo povo que muitos vereadores em anos – no meu entender, fez mais que o senhor, inclusive. Menos blablabla e mais trabalho efetivo pro povão, por favor. Saia da Zona Sul e venha sujar o seu sapato nas Zonas Norte e Oeste!