Alvaro Tallarico: Confira as opções culturais gratuitas de cinema, dança, teatro e mais

Segunda edição da Casa Pública, Cenas de um Brasil Diverso e Marcas Afrodiaspóricas são os destaques

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Dicas de cultura gratuita no RJ
foto: Natalia Anjos

Começou o mês de abril, cheio de atividades culturais gratuitas, após um longo março. É mês de São Jorge! E, inclusive, no dia 18 de abril estreia o filme “Jorge da Capadócia”, como já adiantei em uma coluna passada. Porém, antes disso, tem muita coisa boa acontecendo no Rio de Janeiro. Nos dias 05, 06 e 07 de Abril, das 10h às 16h, acontece a segunda edição do projeto “Casa Pública” em diferentes locais do Rio de Janeiro: Praça Afonso Pena na Tijuca, Praça XV no Centro e Praça de Realengo em Realengo. São diversas intervenções artísticas urbanas gratuitas realizadas exclusivamente por artistas mulheres como Mariana Paraizo, Mery Horta, Andrea Hygino e Mariana Maia. Além disso, o evento também apresenta o 2º Seminário Casa Pública, sob a supervisão da curadora e crítica de arte Bruna Costa, agendado para o dia 04 de Maio, às 14h, na Sala dos Archeiros do Paço Imperial, localizado na Praça XV de Novembro, 48, no Largo do Paço, com entrada gratuita, proporcionando uma oportunidade para discussões e reflexões sobre arte e cultura.

Até o dia 6 e de 10 a 13 de abril, a CAIXA Cultural RJ (Rua do Passeio, 38, Centro), através do Programa Educativo CAIXA Gente Arteira, apresenta a mostra de cinema “Patrimônio em Cartaz: Cenas de um Brasil Diverso”, com mais de 20 filmes, entre curtas e longas-metragens, visando promover e fortalecer a produção audiovisual sobre temas ligados ao patrimônio cultural brasileiro. Além das exibições, haverá debates com realizadores, representantes das políticas de patrimônio cultural e do cinema, bem como detentores dos bens culturais retratados nos filmes. O evento inclui uma programação especial para crianças no último dia.

O programa inclui também obras do acervo audiovisual do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN), retratando tradições como o repente e o maracatu. A entrada é gratuita e sujeita à lotação da sala, com retirada de ingressos a partir de 1h antes do horário da sessão. A lotação é de 62 lugares e o horário de funcionamento da bilheteria é de terça a sábado, das 13h às 19h, e domingos e feriados, das 13h às 18h.

Teatro e as Marcas Afrodiaspóricas

O espetáculo de dança “Iyamesan” realiza uma curtíssima temporada no Centro Coreográfico do Rio de Janeiro, de 04 a 07 de abril. A peça, aprovada em primeiro lugar no edital Universidade – Linha Antirracista – Pró Carioca, pela Lei Paulo Gustavo, destaca a valorização e a potência das mulheres negras, contando com 9 bailarinas em cena e uma equipe majoritariamente composta por mulheres negras da zona norte, envolvidas em todas as etapas do projeto, desde sua idealização até a produção.

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Dessa forma, com inspiração na cultura Iorubá, a obra narra o itan daquela que foi cortada em nove partes, a mãe dos nove filhos, a mãe dos nove céus, ressaltando o papel fundamental das mulheres negras na preservação das tradições e religiões de matrizes africanas, além de evidenciar sua resistência frente à intolerância religiosa e seu papel na manutenção da vida e da sobrevivência de seu povo. As apresentações são de quinta a domingo, com entrada gratuita, no Centro Coreográfico do Rio de Janeiro (R. José Higino, 115, Tijuca, Rio de Janeiro).

O espetáculo circense “Mão” realizará duas apresentações em espaços públicos da cidade nos dias 06 e 07 de abril. Com uma abordagem multidisciplinar, a obra explora o conceito do coletivo e se adapta aos espaços urbanos e aos desdobramentos políticos da sociedade. Dirigido por Adelly Costantini, o espetáculo consiste em uma estrutura piramidal de oito metros, fumaças coloridas, sacos de brita manipulados e equilibrados em alturas diversas, acompanhados por sequências coreográficas e acrobáticas em grupo, destacando portagens, inversões de corpos e equilíbrios. Além disso, apresenta uma ponte que oscila para os lados e uma rampa de 8 metros de comprimento, onde os artistas realizam movimentos de construção. As apresentações gratuitas ocorrem na Praça Xavier de Brito, na Tijuca, e na Quinta da Boa Vista, com classificação livre e duração de uma hora cada.

Por fim, no dia 11 de abril, estreia a mostra de cinema gratuita “Marcas Afrodiaspóricas”, organizada pela Quiprocó Filmes e pela Casa de Rui Barbosa. Esta iniciativa apresentartá uma sessão de cinema gratuita por mês até julho, destacando filmes que abordam o processo diaspórico e a conexão histórica entre o Brasil e a África. Após cada exibição, haverá um debate sobre o filme e pesquisas acadêmicas relacionadas. A primeira sessão apresentará “Essa Gunga Veio de Lá – Tradição Africana nos Sinos do Brasil”, dirigido por Tabita Said e produzido pela TV USP, que investiga o trabalho da população negra como sineiros no Brasil e o impacto histórico dessa presença na nossa cultura. O pesquisador Rafael Galante participará do debate, com mediação de Ivana Stolze Lima e Eduardo Possidonio. Será no Auditório da Casa de Rui Barbosa (R. São Clemente, 134, Botafogo).

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