Depois do prefeito do Rio, Eduardo Paes, cancelar o Carnaval de rua na Capital Fluminense, o governador Cláudio Castro recomendou que os desfiles de blocos sejam suspensos em todas as cidades do estado do Rio de Janeiro. Segundo o próprio Castro publicou em seu Twitter, ele sugeriu ao comitê científico do RJ o cancelamento dos eventos.
O chefe do executivo estadual avaliou que não seria prudente promover aglomerações sem a possibilidade de seguir os controles sanitários, ao mesmo tempo em que há uma disparada nos casos de Covid.
Cláudio Castro ainda afirmou que especialistas estão reunidos neste momento para determinar o, muito provável, cancelamento do carnaval de rua em todo estado, ficando a cargo da secretaria estadual de fazer articular a suspensão da folia com as pastas locais.
Veja a publicação
Especialistas estão reunidos neste momento para deliberar. Orientei a @SaudeGovRJ que dialogue com o conselho de secretários de saúde para que o evento não seja autorizado nos municípios.
— Cláudio Castro (@claudiocastroRJ) January 7, 2022
Na última terça-feira, (04/01), o prefeito Eduardo Paes (PSD) anunciou que o Carnaval de rua não irá ser realizado na cidade do Rio de Janeiro em 2022. O motivo é a variante Ômicron, que já se encontra no Rio, inclusive com transmissão comunitária.
A decisão foi tomada em reunião entre o prefeito e representantes de todas as ligas de blocos e megablocos.
O secretário de Saúde, Daniel Soranz, alertou que, embora a nova variante, a princípio, não se mostre tão agressiva quanto as anteriores, o momento pede cautela e um número incontável de pessoas nas ruas poderia piorar a situação. Além da gripe, que ainda preocupa as autoridades sanitárias.
Carnaval da Marquês de Sapucaí ameaçado
O infectologista e epidemiologista Roberto Medronho (UFRJ), membro do comitê científico do estado do Rio, disse em entrevista à GloboNews que vai pedir a suspensão de todo o carnaval no estado — inclusive os desfiles das escolas de samba na Marquês de Sapucaí.
Na entrevista, Medronho afirmou que vai fazer a defesa da suspensão dos festejos na reunião do comitê estadual que acontece na tarde desta sexta-feira (07/01).
“Não deve haver nem Marquês de Sapucaí e nem os bailes em clubes, mesmo que tenham um controle (de passaporte de vacinação e testagem). Acho que devemos ter um debate ético: qual o custo que queremos ter? Claro, porque não ter o carnaval nossa saúde mental e a economia perdem. Estamos dispostos a pagar com vidas para ter um momento de descontração e melhorar a economia?“, afirmou o infectologista, que completou.
“Posso assegurar a vocês, o momento pior (da ômicron) ainda não chegou. Ainda viveremos impacto muito grande nas nossas unidades de saúde. Nós teremos muito sofrimento nas próximas semanas”, alertou.
Esse infectologista Medronho, é uma figura.
Muito fácil ser funcionário público.
Os quase cinco milhões de ambulantes estão ai na míngua.
Cautela com andor, por favor.