Colégio Santo Agostinho ganhará associação de ex-alunos

Frei Heliodoro, que trabalhou durante 55 anos na instituição cuidando do ensino fundamental, também será homenageado com um busto

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Colégio Santo Agostinho, no Leblon / Divulgação

Uma das instituições de ensino mais emblemáticas e queridas do Leblon, na Zona Sul do Rio de Janeiro, o Colégio Santo Agostinho, vai criar, no próximo sábado (19/03), às 17h30, a Associação de Ex-Alunos do Colégio Santo Agostinho (AEASA). Na ocasião, Frei Heliodoro Fernández Alvarez, um dos personagens mais queridos da instituição também será homenageado com a inauguração de um busto, às 16h, na Paróquia Santa Mônica, onde será celebrada uma missa de ação de graças.  

Com as medidas, o ex-aluno e presidente AESA, Luiz Ferigotti, pretende fortalecer o Colégio e promover a integração de ex-alunos, através do intercâmbio de ideias e informações, além de integrá-los em projetos sociais. Ele ressalta ainda que o engajamento dos alunos e ex-alunos do Santo Agostinho em atividades culturais, educacionais e sociais são uma forma de desenvolver os espíritos de humanidade e solidariedade das pessoas.  

“Ressalto também a importância de realizar atividades de caráter cultural, social, educacional, assistencial e esportivo para desenvolver o espírito de humanidade, e solidariedade entre os ex-alunos e destes com o colégio”, acrescentou Ferigotti.

O FREI VOADOR

Falecido em março de 2019, Frei Heliodoro soube como combinar firmeza e acolhimento no trato com os alunos, os quais costumava presentear com cordões e crucifixos quando faziam aniversário.

O frei espanhol, que chegou ao Rio em 1964, aos 25 anos, e trabalhou no Santo Agostinho por 55 anos, adorava praticar esportes e costumava participar das peladas no sítio do colégio, em Jacarepaguá, na Zona Oeste da cidade, onde pais e alunos  faziam trilhas. Aventureiro, Heliodoro realizou um grande sonho aos 70 anos: saltar asa delta da Pedra Bonita, em São Conrado, na Zona Sul do Rio. Durante a sua longa trajetória no Santo Agostinho, o frei foi o responsável pelo Ensino Fundamental.

Em 75 anos de existência, o Colégio Santo Agostinho viu passar pelas suas salas de aula alunos que, mais tarde, não tardariam em conquistar grande destaque social em suas áreas de atuação, entre eles destacam-se: o prefeito Eduardo Paes (PSD), o deputado federal Alessandro Molon (PSB), surfista e empresário, Rico de Souza, o cineasta José Padilha, cantor Evandro Mesquita e o desembargador Siro Darlan.

O deputado Federal, Alessandro Molon, que estodou no Santo Agostinho, entre 1987e1989, afirmou: “Foi uma experiência maravilhosa ter estudado no CSA: fiz grandes amigos, tive excelentes professores e grandes aprendizados. Foram anos muito felizes e de muito crescimento. Sou muito grato ao CSA por tudo o que vivi lá.”

Já o premiado cineasta, José Padilha, diretor de Tropa de Elite, O Mecanismo e RoboCop, lembrou de colegas e professores que o ajudaram em sua formação escolar. “Além de ter tido professores marcantes, como Orlandino e Fernandes, e de ter feito amigos pra vida toda, convivi com um grupo de pessoas pra lá de especial nos quatro anos que estudei no @csaleblon_rj. O colégio era muito bom, a turma, sensacional,” elogiou Padilha.

O surfista e empresário, Rico de Souza, relembrou como era difícil conciliar os treinos esportivos e acompanhar o ritmo de estudos puxado do Colégio. “Ainda menino, iniciava também a trajetória no esporte em que se consagraria anos depois, o que trouxe algumas dificuldades: “Não foi fácil conciliar o ritmo forte do colégio com os campeonatos. Aliás, na família, quem mais usufruiu do Santo Agostinho foi o Patrick, que era bom aluno (está se formando em Engenharia Mecânica) e não surfava para valer. Apesar das dificuldades pelas quais nós passamos, a educação e disciplina foram fundamentais em nossas vidas”, lembrou Rico, que foi contemporâneo do cantor e ator Evandro Mesquita, que prefaciou a sua autobiografia e de quem é amigo até hoje.

Rico de Souza conheceu outra figura que se tornaria ilustre na sociedade carioca: o futuro desembargador, Siro Darlan que, na época, era inspetor do Santo Agostinho. Segundo Rico, Darlan:  “Era rígido. Lembro que, um dia, apreendeu todas as minhas figurinhas. Muitos anos mais tarde, quando era Juiz de Menores, o procurei para oferecer aulas de surfe para menores infratores”.

O surfista e empresário lembra ainda com carinho de outros religiosos que atuaram na instituição, como: Frei Vicente, que “era durão, mas uma pessoa espetacular.” Havia também o Frei Valentim, o Frei Izidro, o Frei Heliodoro. Segundo Rico de Saouza: “Apesar de ter sido bagunceiro, os freis sempre gostaram de mim.”

As vagas para os eventos são limitadas em decorrência da pandemia. Ex-alunos alunos podem retirar os convites gratuitamente em: www.excsa.com.br .

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