Com 100 obras raras, Palácio Tiradentes inaugura exposição ‘Arte Tribal Africana’

No local, também entrou em cartaz a mostra fotográfica “Africanidades”, elaborada por alunos de um CIEP de Duque de Caxias, na Baixada Fluminense

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A exposição “Arte Tribal Africana”, do escritor e colecionador Maciel de Aguiar, foi inaugurada nesta segunda-feira (15), no Palácio Tiradentes, sede histórica da Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj). No local, também entrou em cartaz a mostra “Africanidades”, projeto concretizado por alunos de uma escola pública de Duque de Caxias, na Baixada Fluminense. Os trabalhos podem ser visitados até 9 de agosto.

“É uma honra abrir as portas do Palácio Tiradentes para receber duas exposições tão representativas. A Alerj tem o compromisso com a cultura, aproximando a população da trajetória do Legislativo e também de exposições que fazem parte da história do Estado do Rio de Janeiro”, afirmou a subdiretora de Cultura da Alerj, Fernanda Figueiredo.

O subsecretário de Turismo fluminense, Nilo Sérgio Félix, lembrou a importância do turismo cultural para a dinamização do setor, para a geração de empregos e aumento de renda.

“Eu sempre digo que esporte e cultura movimentam o turismo. Esse é um evento que torna a possibilidade de conhecerem esse lado cultural da África, com as esculturas e máscaras expostas no Palácio Tiradentes”, disse Félix.

Exposição com obras raras

Com quase 100 obras raras, criadas por civilizações do continente africano entre os séculos XVII e XX, a mostra propõe uma imersão na cultura milenar, que influencia o Brasil e o mundo. As obras de arte integram o acervo de quase quatro mil peças do África Brasil Museu Intercontinental, que fica na cidade de São Mateus, no Espírito Santo. O espaço nasceu da orientação do antropólogo Darcy Ribeiro, para abrigar e divulgar a arte tribal africana, além de estudar a escravidão no Brasil.

Representado o curador, o diretor-geral da exposição, Adriano Queiroz, falou sobre a importância das exposições para a população.

“A partir dessas exposições, que se comunicam, a gente dá um primeiro passo em cumprimento da Lei de Ensino de História e Cultura Africana e Afrobrasileira nas escolas”, pontuou Adriano.

Transformação nas escolas

A exposição fotográfica “Africanidades”, ocupa os corredores do terceiro andar do Palácio Tiradentes, resulta do projeto de mesmo nome realizado no CIEP 201 Aarão Steinbruch, em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense, para combater a violência racial na escola há 17 anos. A produtora executiva da exposição, Daíses Santos destacou que as atividades acadêmicas reforçam a importância do cumprimento da Lei 10.639/03, que prevê o ensino da história e cultura afrobrasileira e africana nas escolas.

Gabriele Marinho, de 16 anos, uma das alunas do CIEP, enfatizou a importância do projeto para o autorreconhecimento da população jovem preta.

“Esse é um projeto que trabalha a pauta da negritude durante todo o ano, não só no Dia da Consciência Negra. Auxilia os estudantes a reconhecerem sua própria identidade. Através do Africanidades, eu pude me enxergar como uma pessoa negra”, finalizou a estudante.

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