Com ações em alta, Cury bate recorde de vendas de imóveis no 2º segundo trimestre

Somente no segundo trimestre deste ano, a companhia registrou um aumento de de R$ 1,7 bilhão em vendas líquidas - alta de 46,5% face ao mesmo período de 2023

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Projeto Epicentro Porto Maravilha - Divulgação

A construtora e incorporadora Cury vive um grande momento mercadológico. Nesta quinta-feira (10), a companhia fez a festa dos seus acionistas (CURY3) ao depositar R$ 265 milhões em dividendos adicionais, medida anunciada no início do mês. A empresa também publicou uma prévia operacional onde constam uma relação de excelentes resultados.

Somente no segundo trimestre deste ano, a empresa registrou um aumento de R$ 1,7 bilhão em vendas líquidas – alta de 46,5% face ao mesmo período de 2023. Esse foi o maior retorno já registrado nos 61 anos de atividades da construtora, que também bateu recorde e apresentou avanço de 50,5% na velocidade de vendas (VSO) líquida — indicador que mostra o ritmo de absorção dos empreendimentos.

Em entrevista ao site Seu Dinheiro, o diretor de Relações com Investidores da construtora, Ronaldo Cury creditou os excelentes resultados às melhores condições do programa Minha Casa Minha Vida (MCMV), à localização dos terrenos e à sua força de vendas diferenciada.

Na Bolsa de Valores de São Paulo, a B3, a construtora registrou uma forte alta, no início do ano. Mas a tendência foi freada pelas mudanças no cenário macroeconômico. Ainda assim, a Cury foi uma das empresas do setor menos prejudicadas pela aversão ao risco, mantendo uma forte alta, de 24%.

Ronaldo Cury explicou que o recorde das ações na B3 se deve às demandas do público de baixa renda e às baixas taxas de juros. Ele também destacou como sucesso da companhia entregar produtos ao consumidor com itens e qualidade a mais do que as previstos. Esse pacote faz da Cury a líder do segmento: “A maior empresa da baixa renda e a segunda maior, em termos de market cap, do setor”, disse Ronaldo Cury.

Quanto aos impactos das mudanças do cenário macroeconômico e os “ruídos fiscais” no desempenho da construção civil, Ronaldo Cury destacou que as implicações são mais relevantes para a média e alta renda porque, ao contrário da baixa renda, o funding desses segmentos tem como base a poupança.

“Com uma taxa de juros menor, a poupança tem uma captação maior; com mais dinheiro na poupança, o custo do recurso para o cliente que vai buscar um financiamento imobiliário é mais barato”, explicou Cury ao site, acrescentando que a funding da baixa renda é o FGTS, que exerce pouca influência na taxa de juros do Brasil. Por isso, para a empresa, é mais importante que o seu potencial cliente esteja empregado. Demanda que, na fase atual nacional, está sendo cumprida. A inflação sob controle e a presença de condições de crédito, também ajudam no desempenho do Cury. O executivo destacou como ponto positivo os ajustes feitos no Minha Casa Minha Vida (MCMV), que o tornaram mais atraente.

No que diz respeito ao desempenho operacional da companhia nesse cenário um pouco turbulento, Ronaldo Cury ressaltou o recuou de 1,8% do preço médio das unidades tanto na base trimestral quanto na anual, que foi de 3,5%. Para ele, isso deveu ao mix de produtos lançados no trimestre – tanto para faixas mais altas do Minha Casa Minha Vida quanto para faixas mais baixas, que, neste ano, foi agraciada com mais empreendimentos graças às mudanças aprovadas pela Prefeitura do Rio.

O executivo adiantou que, no segundo trimestre, os lançamentos estão na faixa intermediária estabelecida para o programa habitacional, com ticket médio de lançamento um pouco mais para baixo.

Ronaldo Cury destacou que os próximos empreendimentos devem se concentrar nas faixas mais altas ou até um “degrauzinho fora”. A mudança foi influenciada pelos ajustes nos planos diretores e nas praças de atuação da Cury: as regiões metropolitanas do Rio de Janeiro e de São Paulo. Para oferecer empreendimentos para a baixa renda no Rio, a empresa esbarra nos preços elevados dos terrenos, na topografia diferenciada e outras determinantes que fizeram a companhia preferir as faixas mais altas.

Aos recordes das vendas líquidas e da VSO no trimestre, o executivo atribuiu a localização dos terrenos, qualidade dos produtos, e acima de tudo, à força de vendas da empresa, que, ao focar em lançamentos nas regiões metropolitanas, tem sempre vendas a fazer, gerando uma previsibilidade para os corretores. “Todo mundo da baixa renda vendeu muito bem, mas nós, uma empresa de 61 anos, tivemos recorde graças a essa estrutura”, pontuou Ronaldo.

Sobre o recorde histórico registrado pelo banco de terrenos da Cury, que mais uma vez encerrou o segundo trimestre com R$ 17,5 bilhões em VGV potencial – alta de 72,7% ante o 2T23 -, Ronaldo Cury afirmou que a empresa sempre busca boas oportunidades para a compra de terrenos. Por isso, desde 2023, tem aumentado as equipes de prospecção de novos negócios no Rio e em São Paulo.

“Mas o fator determinante que fez com que conseguíssemos comprar bons ativos foram as alterações nos planos diretores e leis de zoneamento em SP e no RJ no final do ano passado, que ampliaram muito as regiões onde podemos trabalhar e produzir habitação econômica”, acrescentou o executivo, que prevê um terceiro trimestre tão meritoso quanto os anteriores, com os lançamentos que acontecem em julho aquecendo o mercado e gerando grande expectativa de retorno para os corretores de imóveis.   

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