Segundo o site especializado ”MetSul Meteorologia”, o Brasil passará por uma onda de calor extremo nos próximos dias, com temperaturas podendo chegar a até 45ºC. Na cidade do Rio de Janeiro, as temperaturas mais altas devem ser registradas na região de Irajá e bairros vizinhos, repetindo o padrão que vem acontecendo ao longo dos últimos anos.
De acordo com dados do Alerta Rio, em 2023, quase metade (46,69%) das temperaturas mais altas registradas no Rio de Janeiro foram medidas na estação de Irajá, Área de Planejamento 3 (AP3), a menos arborizada da cidade.
Dados: Alerta Rio
Do outro lado da cidade e dos termômetros, o Alto da Boa Vista, que fica em uma área com vasta cobertura verde, registrou quase todas (99,17%) as temperaturas mais baixas de 2023 no Rio de Janeiro.
Dados: Alerta Rio
“O Rio de Janeiro de verdade, longe do cartão postal, nunca atendeu a necessidade de arborização da cidade. Depois de décadas sem atender, enfrenta o desafio das mudanças climáticas ainda sem focar nestas regiões mais carentes de espaços verdes. Não se pode esperar um resultado diferente fazendo o mesmo sempre”, opina o geografo Hugo Costa.
O Plano Diretor de Arborização Urbana do Rio de Janeiro determina que praças ou áreas verdes estejam disponíveis para todos os moradores da cidade a menos de 15 minutos de casa.
“Se a proposta é de ter áreas verdes a 15 minutos para todos os cidadãos, no mapa mostra que não vão fazer, pois várias áreas não tem praças próximas para isso”, pontua Hugo Costa.
A Sociedade Brasileira de Arborização Urbana sugere 15 metros quadrados de área verde por habitante. Na cidade do Rio de Janeiro, como mostram os dados abaixo, divulgados pela Prefeitura em 2019 (os mais recentes), muitos bairros, sobretudo os que ficam na AP3, estão fora desta lista.
Dados referentes ao uso do solo na cidade: Prefeitura do Rio
No início deste ano, um termômetro marcou 44 graus em Irajá. Em 2021, o bairro superou Bangu como o mais quente da cidade do Rio de Janeiro.
Fora as obras, as chuvas também arrancam muitas árvores, só pra piorar ainda mais. Moro em Oswaldo Cruz e aqui ta um segundo inferno, as praças por aqui não têm árvore alguma, por serem minúsculas acho que nem tem como. Para melhorar nossa situação, nessa época de calor extremo quase todo dia ficamos sem energia, ano após ano.
É A PREFEITURA com seu mega plano de obras, passa o corte em várias árvores, constrói BRT pra todo lado. Só podia dar nisso, verifica em Olaria se tem árvores por onde passou o BRT , só concreto e de péssima qualidade. #prefeituracontrameioambiente
Bom ver alguém falando sobre isso. Parte dos moradores já não se importa e corta as árvores, para piorar a prefeitura não faz plantio por aqui há mais de 10 anos. Está insustentável.
Lutar por áreas verdes, aumento do número de praças e ruas arborizadas, isso os políticos não querem lutar… ficam por aí com pautas de gênero e para pets de quatro patas – as aves continuam engaioladas e vendidas para pessoas de mau gosto que as querem ter na gaiola para ouvir o canto ou repetir uma ou outra palavra…
Tema muito importante esse trazido no artigo por seu autor, do Diário do Rio. Acredito que a Fundação Parques e Jardins e a Secretaria de Obras da Prefeitura não possuem projeto algum para aumento das áreas verdes e recuperação das degradadas. Inclusive os Parques das praças, além das ruas arborizadas.
Em artigos recentes aqui no Diário do Rio se denunciou a poda indiscriminada e assassina da árvores, seja pela Comlurb ou concessionárias em especial a Light. O replantio, quando ocorre, é de mudas que quando raramente se desenvolvem demorarão década para dar sombra.
Áreas de calçadas e praças arborizadas, além de ajudar na questão térmica do calor, traz sombra e se colocado um banquinho para se sentar ajuda na socialização de pessoas que ali se encontram para conversar.