Embasado em dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o mercado varejista de alimentos nutre boas expectativas quanto ao retorno comercial das celebrações da Páscoa. De acordo com o IBGE, as vendas deste ano devem superar em 4,5% as da Páscoa de 2023, mesmo com o aumento de 3,8% no preço médio dos tradicionais ovos de chocolate, barras ou caixas de bombom, em relação ao ano passado. A previsão do aumento do consumo é atribuída a fatores, como a recuperação do crescimento econômico fluminense, a queda na taxa de juros e ações como o Desenrola Brasil, que restabeleceu a capacidade de crédito à população.
“A injeção de crédito e a melhoria no poder de compra da população são os principais combustíveis para as vendas da Páscoa. Os supermercados estão ansiosos para fechar o período com números positivos. A oferta de diferentes tamanhos e marcas, vai propiciar que os clientes tenham a possibilidade de optar pelos ovos de Páscoa que melhor lhe atendem”, explicou Fábio Queiróz, presidente da Associação de Supermercados do Estado do Rio de Janeiro (ASSERJ).
Ainda com base nos dados do Instituto, os varejistas também nutrem boas expectativas de contratação de mão de obra para 2024. A pesquisa do IBGE mostrou que houve uma redução dos níveis de desemprego em 2023 – a menor taxa desde 2014. Com isso, o comércio varejista espera contratar mais de 41 mil trabalhadores temporários para a Páscoa. A previsão é de que 25% dessas vagas se tornem efetivas.
Um levantamento realizado pela consultoria econômica Future Tank, a pedido da ASSERJ, verificou que, em 2023, a receita real do setor supermercadista registrou um aumento de 5,4%, resultado que se somou a um acumulado de 5,5%. Para Future Tank, resultados e previsões favoráveis estão ligados a queda da taxa Selic – a quarta consecutiva -, e à expectativa de novos cortes. O cenário leva os supermercados fluminenses a apostarem na alta das vendas na Semana Santa e na Páscoa.