Comissão da Alerj quer concurso do Governo do Rio para engenheiros e arquitetos

A medida foi proposta ao secretário da pasta, Max Lemos, para assegurar que não haja descontinuidade nos projetos de obras do estado nos próximos cinco anos

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Foto: Octacílio Barbosa

A realização de concurso para engenheiros e arquitetos pela Secretaria Estadual de Infraestrutura e Obras foi a principal sugestão da Subcomissão de Tributação e Orçamento da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj), em audiência pública que debateu o programa Pacto RJ, nesta quinta-feira (10/03). A medida foi proposta ao secretário da pasta, Max Lemos, para assegurar que não haja descontinuidade nos projetos de obras do estado nos próximos cinco anos.

É preciso que haja concurso com quadros efetivos, essa máquina pública precisa ter continuidade. Além disso, as contas de controle devem ser assinadas por servidores de carreira e não por funcionários comissionados, como acontece em vários setores públicos. Hoje a pasta trabalha com muitos funcionários extra-quadro, em parcerias com universidades, o que não deixa de ser uma terceirização do profissional, o que, a longo prazo, pode não ser bom para o estado“, destacou o presidente da Comissão de Tributação, deputado Luiz Paulo (Cidadania).

O deputado ainda lembrou que, no dia 02 de abril, o atual secretário, que está a frente da pasta desde junho de 2021, pretende retornar ao cargo de deputado para concorrer às próximas eleições e a equipe da secretaria poderá passar por mudanças. “Por isso, é fundamental um quadro efetivo nesta secretaria. Os projetos precisam ser de estado e não de governo. Não podemos correr o risco de ter uma nova troca de equipe e o trabalho voltar à fase inicial faltando nove meses para o final desse governo“, justificou o parlamentar.

Em resposta, o secretário disse que essa também é uma preocupação da equipe e informou que já foi aberto um processo para a realização deste concurso. “Estamos terminando de quantificar e fazer o levantamento de qual a necessidade de mão de obra no setor para então apresentarmos o pedido à equipe do Regime de Recuperação Fiscal (RRF)“, explicou Max.

Luiz Paulo solicitou à secretaria, o número do processo e a cópia integral do documento que estaria pedindo a abertura do concurso.

Obras de curto e longo prazo

Entre as obras previstas para os próximos anos, o secretário informou que a Empresa de Obras Públicas do Estado do Rio (EMOP/RJ), vai focar no reparo de batalhões da Polícia Militar e Corpo de Bombeiros, delegacias, prédios administrativos e unidades de saúde. Na área da educação, a secretaria se comprometeu a construir sete novas escolas, entre elas, uma em Guaratiba, na Zona Oeste da Capital, e outra em Parada de Lucas, na Zona Norte. “E só estamos fazendo poucas obras na área de educação porque a Secretaria de Estado de Educação (Seeduc) preferiu comandar as obras para o setor por lá“, afirmou o secretário.

Habitação também é uma pauta em destaque na secretaria, a previsão é que, nos próximos cinco anos, sejam construídas dez mil casas para a população fluminense. “O estado precisa pagar a sua dívida com moradores das enchentes e catástrofes que ocorreram nos últimos anos. Temos ainda a tragédia de Petrópolis para resolver. Essas casas vão socorrer muitas pessoas. Serão R$ 700 milhões investidos esse ano para o sistema social de habitação“, antecipou o secretário.

Petrópolis

Com a tragédia de Petrópolis, que ocorreu no último mês, a secretaria mudou o plano de trabalho para destinar recursos e esforços para a reconstrução da cidade serrana. “Mais de 60% da nossa equipe subiu a serra e ficou 16 dias em Petrópolis para estudar o que poderia ser feito de imediato. Vamos aplicar recursos para melhorar a ação de mobilidade da cidade. Estamos fazendo um pregão para compra de elementos de sinalização, placas e sinais, e vamos construir mais de mil casas na região“, informou.

Luiz Paulo e o deputado Eliomar Coelho (PSol) reforçaram na audiência que, neste momento, a Região Serrana precisa de desenvolvimento econômico, além de uma análise aprofundada dos problemas das encostas na área. “Vamos criar um grupo de trabalho só para analisar essa questão“, garantiu o secretário.

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