Um convênio para criar bibliotecas em comunidades quilombolas do Estado do Rio de Janeiro foi assinado pelo presidente da Academia Brasileira de Letras (ABL), professor Marco Lucchesi, junto com a presidente do Instituto de Terras e Cartografia do Estado do Rio de Janeiro (Iterj), Cláudia Franco.
A iniciativa, que também tem como objetivo doar livros às escolas que atendem as comunidades, surgiu após uma visita dos órgãos aos quilombos Maria Joaquina, Preto Forro, Fazenda Espírito Santo e Quilombo de Sobara, localizados em Araruama e Cabo Frio, na Região dos Lagos.
Durante o encontro, em junho deste ano, foram entregues as primeiras doações de exemplares da ABL e também de DVDs. A parceria ainda prevê que a ABL escolherá e doará livros adequados à realidade quilombola e o ITERJ será o responsável pela distribuição e implantação de bibliotecas em áreas de quilombos.
“As comunidades quilombolas guardam e preservam tesouros de nossa cultura. Estamos com uma dívida impagável. A ABL participa com uma pequena parte desta restituição”, pontuou, Lucchesi.
De acordo com o Iterj, existem 2.197 comunidades quilombolas reconhecidas no Brasil e 29 delas estão localizadas no estado do Rio de Janeiro.