Bairros jovens também têm história para contar. Esse é o caso da Barra da Tijuca. Essa moderna região da cidade do Rio de Janeiro guarda memórias não muito antigas, mas importantes.
No principio, a região da Barra da Tijuca era um imenso areal. A área era repleta de alagadiços, o que dificultava o plantio de diversas espécies. Um dos fatos para o desenvolvimento tardio da Barra. Uma das poucas atividades possíveis na região nessa época era a pesca, que era até exercida em grande quantidade.
Já no início do século XX, em 1900, as terras da Baixada de Jacarepaguá, onde a Barra está localizada, foram vendidas para a Empresa Saneadora Territorial e Agrícola S.A. (ESTA). Hoje em dia, a ESTA ainda é proprietária de terras nessa parte da cidade.
“As dificuldades para plantar, a distância do centro da cidade, o fato de ser cercada por cadeias montanhosas e o controle de terras nas mãos de poucos foram os principais fatores para que a Barra se desenvolvesse tão tarde em relação a outros bairros”, pontua o historiador Maurício Santos.
Inicialmente, a Barra da Tijuca passou a se desenvolver pelas suas extremidades. Jardim Oceânico e Recreio dos Bandeirantes foram se urbanizando aos poucos e esse processo foi tomando conta de todo o bairro.
Durante da gestão do governador do estado da Guanabara Negrão de Lima, no fim dos anos 1960, que a Barra começou a ganhar a cara que tem hoje em dia. Negrão de Lima pediu a Lúcio Costa um projeto urbanístico para a região.
“Em 1969, esse plano ficou pronto. Era bem parecido com o Plano de Brasília, com grandes avenidas e grandes espaços abertos” disse Maurício Santos.
Na década de 1970, foi construída a Autoestrada Lagoa-Barra (incluindo um túnel acústico), que possibilitou o maior desenvolvimento, diminuindo o tempo de transporte para a zona sul da cidade do Rio. Nesse mesmo período, muitos condomínios que inspiraram os que vieram depois, foram construídos.
Nas décadas seguintes, a Barra da Tijuca continuou se desenvolvendo de forma muito rápida, atraindo, sobretudo, pessoas de maior poder aquisitivo. Esse crescimento, no entanto, causou algum desconforto.
“Durante os anos 1980, a Barra da Tijuca viveu uma explosão demográfica, com praticamente todos os terrenos ao longo das suas avenidas ocupados por grandes condomínios residenciais, parques, supermercados, shopping centers, escolas, hospitais. As avenidas foram duplicadas e receberam sinalização. Nesta época houve um movimento de emancipação da região da Barra da Tijuca tendo a maioria dos eleitores votado pela separação da Barra, mas o resultado do plebiscito não foi suficiente para implementá-la devido ao quórum de votantes ter ficado aquém do mínimo exigido. Há um projeto de lei em andamento na Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro em que se prevê a formação de um novo município formado por todos os bairros da região da Barra da Tijuca. O projeto, porém, depende da aprovação do Projeto de Lei em tramitação no Congresso Federal, PEC 13/03, que transfere aos estados a competência para legislar sobre a matéria, como era até 1996”, informa o blog Barradatijuca.
Muito famosa pelos shoppings, centros comerciais e prédios novos e modernos, a Barra da Tijuca também é natureza. Além das praias e das reservas ambientais, são seis parques de destaque: o Bosque da Barra, o Parque Chico Mendes, a Reserva de Marapendi, o Parque Ecológico da Prainha, o Parque Municipal Fazenda da Restinga e o Parque Ambiental Mello Barreto.
É, apesar de jovem, a Barra tem muita história.
Na década de 80/90 frequentava a Barra da Tijuca como ponto turístico e lazer. Devido a especulação imobiliária, além de lazer, hoje, a Barra da Tijuca é o meu lugar de trabalho.
Barra da Tijuca onde me conheci como gente tenho uma banca de doces a 16 anos dentro de um Mcdonalds e no inícios dos anos 90 já vivia lá no Carrefour fazendo meus corres época boa como foi bom ter vivido
Acabaram com a minha cidade. Os.portugueses morreram ou voltaram para Portugal . A cidade só vem imigrante chinês ou sul-americano. Está cheia de nordestinos mudando a cultura e fazendo a cidade ficar feia . Lixos nas ruas e lagoas sujas …estamos abandonados.
A Barra ainda está muito ligada a Jacarepaguá. A Barra precisa da mão de obra e insumos desta região. A Barra precisa ganhar muita coisa para se tornar uma Cidade un dia.
Curiosidade: Esse prospecto de um empreendimento da Sul América chamado ‘Jardim da Barra’ é onde existe hoje o condomínio Jardim do Itanhangá.
Aquele inicio do Itanhangá, com montanhas, floresta, campo de golfe na frente, vista do mar(na parte mais alta), cachoeiras… em qualquer lugar civilizado seria o bairro mais desejado, valorizado e preservado da cidade. Mas a favelização na proximidade(que não para de aumentar) transformou em um grande ‘mico.’ Aliás o Rio como um todo, virou um grande favelão com uma cidade no meio. Triste…
Correção: a ‘rua dos motéis’ fica na Barrinha/Largo da Barra não no Itanhangá.
Nasci na Baixada Jacarepaguá.sempre foi um conjunto de sub bairros… Barra , quer dizer deságua dos rios, então o auto da Tijuca com suas cachoeiras e rios, desafiava Como todos os rios da baixada no mar. Particularmente os do auto também.
Não existe bairro com nome de Jacarepaguá…
Conheci esse lindo bairro na década de 70. Vim morar aqui em 1975 e ainda é no melhor lugar para se viver no Rio de Janeiro. Tomara que continue..pois infelizmente o restante do rio de janeiro os governantes conseguiram deixar a bandidagem tomar conta.
Cê e doido demais …
RJ acabou. A bandidagem tomou com a décadas!!!
Apesar de também não ser morada da linda Barra da Tijuca e sim de Jacarepaguá desde nascida, amei a matéria sobre a história do bairro. Eu já conhecia um pouco como também de Jacarepaguá, inclusive livros e suas fotografias. Tenho uma revista guardada até hoje que já foi do meu patrão de arquitetura que guardo com muito carinho. Lembro quando era pequena as dunas, os barquinhos de atravessia e de casas no Recreio dos Bandeirantes e que perto de uma escola tinha alguma coisa de vacaria, isso vagamente no início da década de 80. Fora outras pequenas lembranças. Gostei muito da sua reportagem e incentivo a cultura da nossa região que está um pouco de lado com os atuais problemas que apresenta. Lindo trabalho, parabéns! Guardarei este arquivo no meu pequeno acervo pessoal. Quanto as fotos vou emoldurar virtualmente. Parabéns.
Em idos de 1975, vinha com meus pais ao Carrefour, até que em 1977 vim morar aqui na Barra, onde estou até hoje. Vi a Barra crescer, foi rápido demais.
Era criança nessa época mas lembro que havia um dos primeiros Mcdonalds do Rio nesse Carrefour da Barra.