Recentemente, vi que o filme “A Ilha do Medo” é um dos mais vistos por brasileiros na Netflix. A história que tem Leonardo DiCaprio entre os atores é um pouco diferente da que vou contar aqui, mas dá para dizer que o Rio de Janeiro tem uma Ilha do Medo para chamar de sua.
A Ilha de Brocoió, que faz parte do arquipélago de Paquetá (que é composto por mais 15 ilhas) e que abrigará a Universidade do Mar, tem um passado repleto de histórias e lendas assustadoras.
O descobrimento da Ilha é atribuído ao francês André Thevet (1502- 23/11/1590), integrante da expedição de Villegagnon, em 1555, época da fundação da chamada França Antártica.
A Ilha de Bocoió, onde se encontra uma das moradias do Governador do Estado, pertenceu, nos anos 1930, ao milionário Octávio Guile, responsável pela urbanização da região e pelo aterramento de sua área – que a transformou de uma ilhota dupla em uma ilha de aproximadamente 200.000 m².
Quando os europeus chegaram à Ilha, os Tamoios, ou Tupinambás, habitavam a região.
“O termo Tupinambá, inclusive, faz referência a diversas tribos que possuíam uma língua comum. Entretanto, essas tribos não mantinham uma unidade, chegando mesmo a guerrear umas com as outras”, conta Hedjan Costa da Silva, que escreveu um artigo sobre a Ilha para o site Matéria de Pesadelos.
Os Tamoios, que praticavam o canibalismo ritual, tinham uma utilização assustadora para a Ilha do Brocoió: prisão para índios rebeldes. Há relatos, também, de que doentes e deficientes das tribos também eram levados para lá, para morrer.
“Quando um índio se rebelava ou ia contra a autoridade de um chefe tribal era levado para a Ilha do Brocoió. Na época a ilha era na verdade uma ilhota dupla, ligada por um braço de areia. Não era um exílio com tempo para terminar. O índio rebelde que recebia sua passagem para lá ia permanecer no tal local até morrer. Eram conduzidos em longas canoas através da Baía, em direção ao seu destino”, conta Hedjan Costa da Silva
O que dizem é que, durante a noite, os espíritos dos rebeldes que morreram na Ilha voltavam do além, ou de onde quer seja que eles estavam, para vagar pelo local, soluçando, chorando e gritando por socorro.
Alguns moradores da Praia Grande, na Ilha de Paquetá, afirmam ouvir ainda hoje os tais sons que vem da Ilha do Brocoió. Praia Grande fica bem de frente para à Ilha que um dia foi um presídio.
Há quem diga que nem sempre são somente sussurros e gemidos emitidos pelos possíveis espíritos. Tem gente que ouve os gritos dos antigos índios.
Todo esse contexto de sofrimento pelo qual os índios foram submetidos leva ao nome da Ilha. Brocoió é uma corruptela de borocoió (ou segundo o Dicionário Etimológico de Antenor Nascentes, boré-coyá) que significa sussurros, sussurrante.
É possível visitar a Ilha. Tem coragem ou está com medo?
Legal demais o texto.
Obs.: atenção à repetição de palavras como “que” e “também”.
Gostaria de disser que tenho foto pra comprovar vivi varios momentos bons quando a ilha era administra pelo CBMERJ do estado do Rio de janeiro
Bom dia trabalhei nessa ilha por dois anos e nunca vi e ouvir nada acho que isso e lenda
A Ilha de Paquetá já tem espíritos soltos por demais. Passei por uma experiência de Poltergeist. Existe um balanço na praça próximo ao cemitério e bem cedinho passei por perto e o tal balanço estava fazendo movimento sozinho como se tivesse alguém realmente se balançando!
como faz pra visitar hein?
CONHEÇO..! É UMA ILHA LINDA E COM CERTEZA A JOIA DA BAÍA DE GUANABARA !
O SILÊNCIO QUE LÁ HABITA, MECHE COM A IMAGINAÇÃO DE SEUS RAROS VISITANTES…!
Boa tarde amigos.
Quero ressaltar aqui a ótima matéria. Informações como essa é importante para abastecer de conhecimento a nosso povo:
“Conheça a história da ilha mal-assombrada do Rio de Janeiro
Por Felipe Lucena -5 de junho de 2020”
Parabéns.
Curiosíssimo. Parabéns pela bela matéria.