Toda empresa deseja lançar novos produtos ou mudar processos por outros que sejam economicamente mais atraentes ou tragam celeridade ao negócio. Mas, mesmo cientes de todas as vantagens que a inovação traz, como mais competitividade e lucros, os líderes podem enfrentar desafios para transformar ideias em realidade e tornar a inovação uma prática permanente da organização. Para Elisângela Lazarou Tarraço, Gerente de Inovação da G.A.C. Brasil, o segredo está na gestão da inovação.
“A inovação exige mais do que bons projetos, mas uma liderança capaz de gerenciar a equipe, alocar recursos de forma estratégica e criar um ambiente que estimule a criatividade”, diz.
Elisângela sugere a implementação de algumas práticas, que considera fundamentais para que empresas consigam inovar de forma mais eficiente e permanente. Confira quatro delas:
Diagnóstico externo: é importante, diz Elisângela, que as empresas tenham um diagnóstico da inovação e saibam em que estágio se encontram, identificando os pontos que necessitam de melhorias e investindo em ações que tragam mais resultados para a organização. Uma consultoria externa pode ajudar os líderes a entenderem melhor quais investimentos devem ser feitos, ajudando a estabelecer uma estratégia sólida.
Governança da inovação: a eficiência da inovação está diretamente relacionada a forma com que a empresa seleciona e gerencia seus projetos, como coordena seus recursos e faz a gestão de seus relacionamentos. Uma governança estruturada e integrada, que defina as políticas e diretrizes para projetos de inovação, revise iniciativas, monitore métricas e priorize esforços que tenham impacto estratégico, é fundamental.
Investimento em parcerias: um líder aberto a parcerias é um diferencial. Startups, universidades e centros de pesquisa têm muitas vezes tecnologias não disponíveis dentro da organização. Parcerias permitem a diminuição de riscos nos processos de inovação e redução de custos de desenvolvimento e de tempo de resposta ao mercado.
Incentivos e financiamentos à inovação: os líderes devem fazer uso estratégico de incentivos fiscais e financiamentos para impulsionar a inovação de forma sustentável e economicamente viável. No Brasil, a Lei do Bem se destaca por oferecer benefícios fiscais significativos, como a exclusão na base de cálculo de 60% a 100% dos valores investidos em P,D&I no Imposto de Renda de Pessoa Jurídica (IRPJ) e na Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL). Ao adotar uma gestão da inovação mais proativa, há redução dos custos e aumento da viabilidade financeira de projetos inovadores, que serão considerados na apuração para benefícios fiscais.
“Além de investir em projetos, os líderes devem cultivar uma cultura inovadora, alocar recursos de forma inteligente e promover um ambiente que inspire criatividade e colaboração. Assim, as empresas estarão mais preparadas para enfrentar desafios e aproveitar as oportunidades de um mercado em constante transformação”, afirma Tarraço.