Construtora pagou R$ 180 milhões em hotel na Vieira Souto, em Ipanema

Inaugurado em 1982, hotel pertencia à Família Chami; construtora Gafisa comprou o imóvel que funcionou como hotel por 40 anos

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Fachada do Praia Ipanema Hotel - Foto: Reprodução/Google Street View

Construído na década de 70 e inaugurado em 1982, o Praia Ipanema Hotel, um dos mais tradicionais da Zona Sul do Rio de Janeiro, encerrou as atividades no último dia 12/05 após 40 anos de funcionamento. Situado no número 706 da ilustre Avenida Vieira Souto, o prédio foi adquirido pela construtora paulistana Gafisa por cerca de R$ 180 milhões. A negociação havia sido iniciada pela Bait, que acabou comprada pela Gafisa no meio do negócio. A Gafisa é controlada pelo empresário Nelson Tanure, hoje também o maior acionista da Light.

A empresa pretende realizar no local um empreendimento de alto padrão, mas que não será residencial, dando sequência ao viés hoteleiro. A tendência é que seja feito um retrofit, isto é, uma obra de restauro com aproveitamento da construção existente, mas mantendo os elementos da arquitetura original.

O Praia Ipanema Hotel, que tinha 17 andares e cerca de 5,5 mil metros quadrados totais, pertencia inicialmente ao empresário Nicolau Chami e, depois, passou para a administração de José Carlos Chami, segunda geração da família.

Um dos pontos principais para o sucesso do hotel era o Espaço 7zero6, restaurante com vista, além da orla que liga o Arpoador ao Leblon, para pontos turísticos como Cristo Redentor, Lagoa Rodrigo de Freitas e Morro Dois Irmãos.

”Uma história de sucesso com uma gestão exemplar, realizada pela Família Chami. Concluímos essa jornada com um sentimento de realização e gratidão”, disse o Praia Ipanema, em nota oficial.

A legislação do Rio protege a manutenção dos empreendimentos hoteleiros na Orla da Cidade, e a transformação de hotéis em moradias nesta região é numa exceção. Talvez por esta razão, o anúncio original da Bait, de que haveria um residencial no local, tenha sido modificado, pois havia rumores de que o empreendimento não seria permitido.

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