A Comissão Parlamentar de Inquérito dos Camarotes (CPI dos Camarotes, como está sendo chamada) foi instalada na Câmara Municipal com o intuito de apurar uma denúncia de suposto favorecimento nos leilões dos camarotes da prefeitura na passarela do samba, no carnaval 2019, e consequentes prejuízos aos cofres públicos.
Uma conversa do assessor-chefe do gabinete do prefeito Marcelo Crivella, Isaías Zavarise, com o presidente da comissão de licitação expôs o leilão do espaço por R$ 125 mil para a empresa Lockerblind. O valor esperado para a negociação era de R$ 500 mil.
O diálogo aconteceu por meio de um aplicativo de celular no exato momento da licitação, no dia 18/02. Zavarise, antes de o conteúdo vir à tona, negou contatos com o processo licitatório quando passou a ser considerada a abertura de uma sindicância, pela própria prefeitura do Rio, para investigar o caso.
A vereadora Rosa Fernandes (MDB) foi eleita para presidir a CPI e o vereador Átila Nunes (MDB) será o relator. Marcello Siciliano (PHS), Tarcísio Motta (Psol) e Marcelo Arar (PTB) também estão na Comissão.
Isaías Zavarise disse, no período do carnaval, que o barateamento do leilão do camarote pela prefeitura foi necessário.
Na CPI dos Camarotes, na última segunda-feira, 29/05, a troca de mensagens foi divulgada pelo presidente da comissão de licitação, Alexandre Gonçalves de Souza. O primeiro ato da Comissão teve como testemunhas o vereador Paulo Messina e o próprio Alexandre.
Especialistas em diversas áreas do direito consideram o caso extremamente grave. E, pode até gerar outro pedido de impeachment contra Marcelo Crivella.
A prefeitura ainda não se manifestou sobre o assunto. O assessor-chefe do gabinete do prefeito, Isaías Zavarise, até o momento também não se posicionou.