A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que investiga suposto favorecimento na venda dos camarotes da Prefeitura do Rio em 2019 recebeu, nesta terça-feira (12/06), os sócios da empresa Caviar Festas e Eventos, que arrematou o camarote da Riotur no carnaval deste ano, um dia antes do início dos desfiles das escolas de samba. Foram ouvidas as testemunhas Washington Maia e Sabrina Maia, pai e filha que venceram também a licitação de 2018. Em 2019, o valor pago foi de R$ 22, 5 mil; no ano anterior, R$ 40 mil.
Washington Maia admitiu que não sabia que o camarote que estava sendo leiloado pertencia à administração do Executivo municipal do Rio de Janeiro. Informou ainda não conhecer nenhum servidor ou comissionado da Prefeitura, e que ficou sabendo do leilão por meio do Diário Oficial do Município. Ao ser questionado por Rosa Fernandes, presidente da CPI, sobre a comercialização de ingressos ao público antes mesmo da licitação, Maia revelou que isso é uma prática comum no mundo do carnaval.
“Estão vendendo antecipadamente ativos da Prefeitura, antes mesmo do leilão. Há uma total negligência do Poder Público”, afirmou Tarcísio Motta, um dos componentes da CPI.
Os empresários revelaram, ainda, que a Caviar Festas e Eventos não obteve lucro no carnaval de 2018, e registrou prejuízo em 2019. Venderam cerca de 280 ingressos, para um espaço que comportava 100 pessoas, contradizendo informações enviadas pela Liga Independente das Escolas de Samba do Rio de Janeiro (Liesa) à CPI. Segundo a associação, é possível abrigar em torno de 400 pessoas.
Está aí mais um exemplo de como as coisas funcionam no Carnaval.
Veja o quanto a LIESA inflou a capacidade do local… Com base em que?
Por essas e outras a Prefeitura tem que deixar de colocar recursos ali.
Os desfiles na Sapucaí têm de ser bancados pela associação responsável das escolas.