Crescem as vendas de imóveis na Zona Sul e na Barra da Tijuca

Demanda reprimida, baixo rendimento nas aplicações financeiras, baixa na taxa Selic e boas condições de financiamento foram fatores que influenciaram no resultado positivo do setor

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Vista aérea da Zona Sul | Foto: Flickr RioTur.Rio

Após os meses de quarentena, quando houve queda na procura e nas vendas de imóveis, o mercado segue se recuperando rapidamente. Segundo dados da Prefeitura, o volume de vendas de imóveis residenciais apresentou resultados positivos na Zona Sul e, principalmente, na Barra da Tijuca. Em agosto, as vendas cresceram 2% na Zona Sul e 14% na Barra na comparação com julho.

Para Laudimiro Cavalcanti, diretor do CRECI RJ, o aumento nas vendas da Zona Sul está relacionado à oferta e procura, pois não existem muitos terrenos para novas construções.
Hoje tem muito mais procura na Zona Sul do que oferta. São raros os terrenos para construções, então os apartamentos existentes são mais valorizados”, ele explicou.

André Toledo, diretor da Block Imóveis, reforça que a Barra se torna um local mais atrativo por ser um bairro novo, com muitos shoppings, ótimo comércio. Esses fatores tornam o bairro cobiçado pela classe média. “Além disso, as condições favoráveis ajudam. O valor do financiamento fica quase o mesmo de um aluguel. Essa é a oportunidade de muitas pessoas realizarem seus sonhos”, ele disse.

Em relação ao mesmo mês do ano passado, as vendas na Zona Sul, em agosto, caem 26%, enquanto na Barra crescem 28%. Já quando analisamos os meses de junho à agosto, a Barra segue mostrando forte reação em relação ao mesmo período do ano passado, com alta de 9%, enquanto a Zona Sul registra queda de 21%. Os dados foram publicados no LinkedIn pelo co-fundador da HomeHub e sócio na Judice & Araujo, Fred Judice Araujo.

No acumulado do ano, entre janeiro e agosto, as quedas acumuladas são de 17% na Zona Sul e 8% na Barra. Não há dúvidas do impacto da pandemia sobre o mercado, mas os números registrados nestes últimos 3 meses indicam que o mercado segue reagindo.

Para João Paulo Mallet, CEO da Privilégio Imóveis, o crescimento das vendas envolve alguns fatores, como as taxas de financiamento atrativas, a taxa Selic muito baixa e a demanda reprimida durante a pandemia.

Nós estamos vivendo um atendimento a uma demanda que foi reprimida durante o início da pandemia no Rio de Janeiro […] as taxas de juros continuaram caindo e as taxas de financiamento se tornaram muito atrativas. As aplicações financeiras começaram a dar rendimentos muito baixos e os investimentos imobiliários passaram a fazer mais sentido para a população. Isso tudo acabou convergindo para que houvesse a alta para imóveis residenciais.

Ele destaca ainda que apesar da alta na procura por imóveis residenciais, a demanda por imóveis comerciais continua muito baixa e tende a regredir ainda mais, já que muitas empresas estão se organizando para manter as atividades remotas.

Laudimiro Cavalcanti apontou ainda que a tendência é que a demanda de imóveis residenciais continue em alta, devido a uma convergência de fatores que favorecem o mercado imobiliário.


No caso residencial, além de estar com demanda reprimida, tem ofertas boas de financiamento e existe a figura do investidor que está voltando pro mercado imobiliário, então por isso que está dando esse resultado e, na minha visão, vai continuar em alta. É um setor que a previsão é de fechar o ano com a tendência de 8 a 10% superior ao ano passado”, ele explicou.

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1 COMENTÁRIO

  1. Impressionante a cara de pau das imobilarias. juros baixos? Para um financiamento de R$350.000, o que nao compra nada na zona sul, a renda familiar chega a R$16.000. Muito bom, os juros aquecendo o mercado. Rebater estas afirmações e realmente muito facil, já que não tem o menor embasamento tecnico.
    Aquecer o mercado artificialmente através de mentiras e uma pena.

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